Importadoras pedem redução de imposto de importação ao governo federal
Empresas associadas à Abeifa pedem imposto reduzido de 35% para 20%: empresas estão em limite de "exaustão financeira"
Autos Carros|Marcos Camargo Jr
Diante do cenário de dólar alto e dificuldades de importação devido aos problemas de transporte por conta da pandemia do novo coronavírus, empresas ligadas à Abeifa - Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, lançaram um manifesto onde pedem a redução do imposto de importação de 35% para 20% como forma de evitar sucessivas perdas do setor.
A entidade já iniciou conversas com a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia onde pede condições mais favoráveis de importação. Atualmente 72% dos modelos importados vendidos no país vem do Mercosul (Argentina) e outros do México tem alíquota zero de importação mas o restante que vem da Europa ou da Ásia recolhe 35% de imposto.
“Desde o início de nossa gestão à frente da entidade, a partir do dia 16 de março último, temos enfatizado que o setor de veículos importados não suportaria período prolongado de pressão sobre os preços praticados em reais ocasionada pela valorização contínua das principais moedas estrangeiras, notadamente o dólar e o euro. Passados quase oito meses, o setor está no limite da exaustão financeira. Algo precisa ser feito para aliviar os grupos empresariais nacionais e, com isso, proteger redes de concessionários e empregos do setor, evitando que os consumidores brasileiros de carros importados fiquem desassistidos de peças, componentes e serviços de pós-vendas”, diz João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.
A associação, no entanto, alerta que não se trata de um pedido de redução de imposto mas de paridade com as condições de negociação que vigoram entre o Brasil e o Mercosul e também o México. "Essa medida não se caracterizaria em benefício fiscal. Ao contrário, diante do exposto na última semana pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, fortaleceria o Brasil no comércio internacional", afirma Oliveira.
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