Kia quer trazer novo Cerato e outros carros híbridos para o Brasil, diz Gandini
Empresário quer fortalecer imagem da Kia como empresa sustentável com modelos híbridos e elétricos no país
José Luiz Gandini é um dos pioneiros em importação de veículos no país. Começou em 1992 com utilitários de baixo custo vindos da Coreia do Sul e chegou a 2009 em seu auge de vendas no país. Agora, em nova fase, a Kia Motors começa a mostrar sua nova faceta: a da eletrificação. Gandini falou sobre seus planos ao R7-Autos Carros durante a apresentação do EV5 em Itu/SP.
Um dos carros que estão no mapa do empresário é o Kia K4, novo Cerato. Produzido no México, onde há muita demanda, o sedã médio pode reforçar o time de veículos da Kia, hoje tão concentrada em SUVs. Mas ele é 1.6 turbo ou 2.0 aspirado, o que dificultaria sua vinda e homologação no Brasil.
Kia K3 híbrido é uma aposta
Gandini também comentou que pode trazer o Kia K3, sedã compacto também feito no México que tem o maior porta-malas entre todos os sedas da categoria: 544 litros. Seu motor é 1.6, 1.4 e também 1.0 turbo, o mesmo do HB20S. Gandini deu pistas de que o carro com motor 1.0 poderia ter sistema híbrido leve para que viesse mais facilmente ao Brasil.
A pista é quente: “temos um desenvolvimento no México de motores para alcançar níveis de eficiência que permitem a homologação aqui. Mas o carro precisa ter 60% de nacionalização no México para poder vir ao Brasil com isenção de imposto” diz Gandini.
O K3 é vendido no Uruguai onde a empresa de Gandini também comanda as operações e fábrica, por exemplo, o utilitário Bongo. A Kia Motors projeta vender 6.000 unidades no Brasil esse ano, crescimento de 20% sobre 2023 quando vendeu 5.000 unidades. Até agora a marca cresceu 14,57% nas vendas. E o reforço deve vir da linha Sportage e Niro, pois o EV5 virá em lotes de reduzidos de 20 unidades por mês.
Hoje a rede da Kia tem 68 concessionários, sendo que 22 concessionários estão credenciadas para vender elétricos. “Faltam 2/3 da rede”, confidencia Gandini. A questão, segundo ele, está na estrutura para instalação de carregadores. O potencial para os elétricos ainda está concentrado no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, além de cidades de Porto Alegre.
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