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Mitsubishi encerra todas as operações na China após anos de retração

Em parceria com a GAC, produção já estava encerrada desde 2023

Autos Carros|Marcos Camargo JrOpens in new window

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A Mitsubishi Motors confirmou oficialmente o fim de seu último vínculo na China: a joint venture com a Shenyang Aerospace Mit, em operação desde 1998. Com isso, a montadora japonesa conclui sua retirada total do país asiático, após já ter encerrado a produção local de veículos em 2023 e rompido a parceria com o Guangzhou Automobile Group (GAC).

Após encerrar parceria com a GAC, Mitsubishi termina operação na China GAC Mitsubishi Divulgção

A fabricante iniciou a produção na China em 2012, durante o auge de sua aliança com a GAC. Na melhor fase, chegou a vender até 144 mil unidades por ano, com o SUV Outlander entre os modelos mais populares. Mas a rápida transformação do mercado chinês, que hoje é dominado por fabricantes de veículos de nova energia (NEVs) como BYD, NIO e XPeng, deixou marcas tradicionais como a Mitsubishi para trás.


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Lucros em queda e tarifas pesadas

O recuo da marca se acentuou com os resultados fracos de 2025. No primeiro trimestre, o lucro operacional da Mitsubishi caiu 84% na comparação anual, pressionado por fatores como a retração global nas vendas e o impacto das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump — que custaram cerca de 14,4 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 96,3 milhões).


Após encerrar parceria com a GAC, Mitsubishi termina operação na China GAC Mitsubishi Divulgção

Segundo a imprensa japonesa, o desempenho financeiro do trimestre foi um dos piores da década, refletindo não apenas o fracasso na China, mas também a perda de competitividade em outros mercados-chave.

Após encerrar parceria com a GAC, Mitsubishi termina operação na China GAC Mitsubishi Divulgção

Recuo na Ásia, leve fôlego na América do Norte


Mesmo no Sudeste Asiático — tradicional bastião da Mitsubishi — as vendas caíram 8,5% no primeiro trimestre deste ano. A região segue como principal mercado da marca, mas também enfrenta desafios crescentes diante da concorrência regional e da transição para eletrificação.


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Na contramão, a América do Norte apresentou um leve crescimento de 5% no período, puxado por mercados como México e Canadá. Nos Estados Unidos, entretanto, o desempenho ainda está aquém do esperado.

Um novo acordo comercial entre Estados Unidos e Japão, que reduz tarifas de importação de 25% para 15%, pode ajudar a melhorar as perspectivas da marca em médio prazo.

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