Novo Hyundai Creta: aceleramos as versões 1.0TGDI e 2.0
Aceleramos os dois modelos que tem propostas bem distintas
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
O Hyundai Creta recebeu sua primeira mudança profunda em seus quatro anos de vida ao adotar visual polêmico mas também importantes melhorias. Estas mudanças incluíram até alterações na plataforma o que justifica chamar de “nova geração” maior entre-eixos e alterações na suspensão. Com preços entre R$ 107,4 e R$ 146,9 mil o Creta 2022 dispõe de dois motores com comportamento muito distinto: 1.0TGDI e 2.0 Smartstream.
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Nova geração mesmo?
O Creta evoluiu como um todo indo além de um design diferente. A nova geração do utilitário esportivo passa a ter 4,30 metros de comprimento, ganho de 3cm em relação ao modelo antigo. Ele tem 1,79 m de largura e 1,63 m de altura e entre-eixos de 2,61 m indo um pouco além dos 2,59m do anterior. Já o porta-malas tem capacidade de carga de 422 litros, menor do que os 431 litros do anterior favorecendo o espaço para os passageiros e o tanque de combustível tem 50 litros.
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Novidades ficam por conta de itens inéditos no segmento como o controle de modos de condução, na câmera de ponto cego projetada no cluster digital um amplo teto solar panorâmico - itens presentes nos modelos mais caros. Há também novos itens de segurança como o Hyundai SmartSense, que reúne os sistemas de frenagem autônoma, detector de fadiga, assistente de permanência em faixa e controle de velocidade adaptativo, entre outros equipamentos. Outra evolução fica por conta da multimídia Bluelink que traz tela de 10,2” e controle à distância por aplicativo.
E qual a diferença?
São dois comportamentos bem diferentes entre si. O motor 1.0TGDI tricilíndrico usado no HB20 de 120cv e 17,5kgfm de torque com injeção direta combinado com câmbio automático de seis marchas. Durante o evento de lançamento o R7 só conseguiu provar a versão Platinum com esse motor.
O funcionamento é mais “áspero” como são os modelos três cilindros mas de evolução ágil. Na conduta urbana faz trocas muito suaves de marchas e mesmo nas reduções bruscas o câmbio não responde com “trancos”. Ao pisar fundo no acelerador as trocas ficam acima dos 5.000rpm e a velocidade final parece mais limitada mostrando que a proposta do Creta 1.0 é mesmo urbana. Ainda sim destaque para as acelerações iniciais bem ágeis para um Crossover bem alinhado ao que o mercado oferece em veiculos como a Chevrolet Tracker, Volkswagen T-Cross e Nivus e Caoa-Chery Tiggo 3X com motor 1.0 turbinado.
Já o 2.0 é muito distinto. Diferente do 1.0 turbo o motor maior do Creta sofreu algumas mudanças e foi rebatizado de “Smartstream” e agora rende 157cv (gasolina) e 167cv (etanol) e torque de 19,2kgfm e 20,6kgfm respectivamente sempre em conjunto com um câmbio automático de seis marchas. Trata-se de um conjunto quatro cilindros naturalmente aspirado de comportamento mais progressivo porém com fôlego em velocidades mais altas. Em termos de potência o Creta 2.0 vem bem alinhado a concorrentes como o T-Cross 1.4 e o Renault Captur porém sem o torque elevado do motor turbo.
Com estratégias distintas a nova gama do Hyundai Creta vem muito bem equipada porém acima do preço dos seus concorrentes. Segundo os executivos da marca presentes no lançamento a intenção é oferecer o Crossover mais equipado do segmento com visual arrojado que deve cair no gosto do consumidor tal qual aconteceu com o HB20. Para quem acha o novo modelo feio vale lembrar que hoje o compacto da marca vende muito mais do que antes.
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