[Primeiras impressões] Captur ganha vida nova com motor turbo
Crossover muda pouco no design, avança na qualidade do acabamento mas o melhor fica sob o capô
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A Renault traçou um novo começou para o crossover Captur. Ele sempre foi bonito mas nunca teve um desempenho que se pode dizer satisfatório. O antigo motor 2.0 era lento e o 1.6SCe é fraco para ele. Além disso o acabamento decepcionava os donos. Agora, a Renault tem uma nova chance de emplacar seu modelo mais bonito (esta é só uma opinião) com um novo motor.
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Visual novo e algumas melhorias
Como a marca sabe que o design é importante deu apenas um retoque no seu Crossover. A grade é nova e a abertura onde está o logotipo da marca ficou maior. Os faróis são em LED e podem ter LEDs contínuos como assinatura dos DRLs. Também mudam as rodas e na traseira ele ganha um singelo emblema “TCe” alusivo ao motor turbo Mercedes-Benz desenvolvido em parceria com a Renault.
Ao abrir a porta encontramos o mesmo desenho arredondado de sempre mas uma aplicação de materiais melhores. Parte do painel ganha revestimento em couro marrom assim como nas forrações de porta. Apesar disso, o plástico restante segue “oco” embora tenha melhorado. O console central é novo com uma parte ressaltada é revestida em couro, novos porta copos e botões de controle já na base do painel.
A ergonomia para o motorista melhorou com a integração de novos controles no volante que também é novo. Faltou só mudar o botão do ar condicionado que indica - com números - a temperatura desejada. A multimídia agora tem 8 polegadas e traz Android Auto e Apple CarPlay ainda com fio e o ponto de USB fica na parte inferior do aparelho o que ainda vai deixar o fio pendurado de forma incômoda. Ainda sobre ergonomia os ocupantes do banco traseiro tem limitações de espaço no entre-eixos que é o mesmo: 2,67m e 4,23m de comprimento.
A bordo: outro carro
Esqueça tudo que você sabia a respeito do Captur que passa a usar motor 1.3 turbo de Mercedes desenvolvido em parceria com a marca francesa que equipa modelos bem mais caros como o GLB200 de sete lugares da marca alemã.
Para o Captur a Renault usou o novo propulsor que lhe rende notável desempenho. Trata-se de um 1.332 cm³ quatro cilindros flex com injeção direta que rende 162cv com gasolina e 170cv com etanol e torque de 27,5 kgfm entre 1.600 a 3.750 rpm associado ao câmbio CVT que passa a simular 8 marchas.
Com 1.366kg o Captur tem boa desenvoltura na cidade. Ágil, silencioso, nem parece o mesmo carro. A suspensão segue com a mesma fórmula independente na dianteira e eixo rígido na traseira mas parece ter um ajuste revisto. Confortável, bastou sair da cidade para comprovar a disposição do motor na estrada. Itens como alerta de ponto cego que faltavam agora já estão presentes e a condução ficou mais confortável. A Renault promete 0 a 100 km/h em 9,2s, bom para o seu porte e peso.
Na versão topo de linha, Iconic, o Captur ganha itens como sensor crepuscular, sensor de chuva, função “Follow me home”, faróis full LED com DRL em LED, sistema de áudio premium BOSE com seis alto-falantes associado a multimídia de 8 polegadas, subwoofer e equalizador de som, sensor de ponto cego, sistema de partida remota do motor e conjunto de 4 airbags (dois adicionais). Controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e ar condicionado automático são itens de série. O preço do modelo avaliado por um dia é de R$ 139,4 mil enquanto há ainda mais duas versões: Zen (R$ 124.490) e Intense (R$ 129.490).
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