R7 já andou no Golf GTE que chega ao país até o final do ano
Versão híbrida supera os 200Km por hora com 900km de autonomia
Autos Carros|Do R7
A Volkswagen mostrou hoje, 8, em São Bernardo do Campo, a tecnologia presente no Golf GTE, novidade que chega ao mercado brasileiro até o final deste ano. O hatch deve estrear a tecnologia híbrida combinando motor a combustão 1.4 TSi de 150cv com um elétrico de 102cv que combinados resultam em 204cv.
O R7 conheceu a novidade hoje e teve a oportunidade de andar com o Golf GTE e conhecer mais detalhes sobre este projeto que é o primeiro passo rumo à eletrificação dos modelos da marca.
Design
O Golf GTE será lançado oficialmente ainda esse ano no país e seguirá o estilo da versão GTI, com a diferença das linhas na grade frontal que ao invés de vermelha, elas são azuis simbolizando a eletrificação. O emblema da Volkswagen na grade frontal, também recebeu alterações, já que ali está o ponto de recarga das baterias.
Interior
Por dentro, a primeira sensação é entrar em um Golf GTI, com os tradicionais bancos em xadrez e a posição de dirigir confortável, com assento um pouco abaixo do volante. Ao olharmos para o câmbio DSG de seis velocidades, nos deparamos com as costuras azuis e um botão com as siglas GTE.
Na versão que testamos o cluster era analógico e não digital como é na versão GTI atual. A multimídia Discover Pro é bem intuitiva e mostra para o motorista o quanto o motor elétrico está consumindo de energia, ou se está carregando o motor a combustão, além de toda a funcionalidade já presente em outros carros da marca.
Suspensão
Apesar da montadora não contar detalhes sobre o veículo, foi perceptível durante o nosso teste que a suspensão ganhou algumas modificações preservando a esportividade do carro sem abrir mão da precisão. Conforme o motorista altera os modos de condução, a suspensão vai se adaptando ao perfil escolhido. Essa funcionalidade já está presente no Passat, sedã de luxo da Volkswagen comercializado aqui. Devido ao maior peso, 1.615kg sendo 120kg só das baterias, a suspensão parece ter recebido reforços.
Motor e a sigla GTE
Agora vamos para a parte mais interessante do modelo, o motor. A Volkswagen equipou o Golf GTE com dois motores, um a combustão, o já conhecido 250 TSI, ou 1.4 turbo de 150cv, combinado a um motor elétrico de 75kW, ou 102cv. Juntos eles dão ao carro uma potência combinada de 204cv.
Caso o motorista opte por utilizar apenas o motor elétrico, o carro consegue atingir uma velocidade de até 130km/h e tem autonomia de 50km.
Já os motores combinados dão uma autonomia para o carro de mais de 900km segundo a Volkswagen.
O sistema híbrido inclui ainda componentes eletrônicos de força (que convertem a corrente contínua da bateria em corrente alternada para movimentar o motor) e um carregador. Um servo-freio eletromecânico e um compressor elétrico garantem a operação otimizada e energeticamente eficiente dos freios e ar-condicionado, especialmente quando o GTE é utilizado na função e-mode.
Vamos ao que os criadores do carro chama de “botãozinho da alegria”. O botão GTE quando acionado, ativa os dois motores dando ao carro o torque máximo (35,7kgfm) digno de um esportivo. O Golf vai de 0 a 100km/h em apenas 7,6 segundos atingindo a velocidade máxima de 222km/h.
Futuro
A Volkswagen anunciou que irá lançar até 2023, seis carros com motorização elétrica/híbrida. O Golf GTE é o primeiro a trazer a tecnologia e também o primeiro da ofensiva da montadora. O carro ainda não tem preço definido mas chega ao mercado brasileiro até o final do ano.
Quando isso ocorrer, o GTE deverá ficar "sozinho" entre os hatches híbridos do mercado e tem potencial de ser o mais barato desse tipo do nosso mercado. Atualmente só a Chevrolet tem o Cruze hatch que não dispõe dessa tecnologia, o Corolla chega em breve mas apenas na carroceria sedã, o Mercedes-Benz C200 EQ Boost tem apenas sistema híbrido leve e outros modelos já pertencem a segmentos distintos, como os SUVs. Na Europa o Golf GTE custa o equivalente a R$ 160 mil.
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