R7 já andou no novo Corolla 2020
Dirigimos o Corolla nas versões XEi e Altis Hybrid
Autos Carros|Do R7
Sim, estamos entrando de vez na era dos carros elétricos/híbridos. Só este ano já foram lançados o Lexus UX250h, RAV4 híbrido, Nissan Leaf, novo Prius, Jaguar I-Pace, além dos carros que são aguardados ainda esse ano como o Golf GTE, Chevrolet Bolt, entre outros. Independente da futura matriz energética é fato que não estaremos dependentes de um motor a combustão no futuro. E essas soluções começam a chegar aos carros médios.
Após a apresentação do Corolla, nesta manhã tivemos a oportunidade de andar com a nova geração do consagrado sedã, que agora conta com a motorização híbrida flex na versão topo de linha e também com um novo motor 2.0 flex de 177cv nos modelos a combustão
Primeiras impressões
Ao bater o olho no sedã médio da Toyota, já é notório o requinte que a montadora japonesa quis dar ao carro. Com visual mais imponente, o Corolla certamente vai continuar sendo o carro mais vendido do segmento. Ele é mais largo, baixo e com estilo que remete a modelos de categoria superior sem perder a influência nipônica.
Ao entramos no carro, é notável que a Toyota foi fiel ao seu DNA: simples, porém, com acabamento funcional. O painel é todo em soft touch e os bancos são em couro de boa qualidade. Os revestimentos da porta também são em soft touch, incluindo as traseiras e o visual evoluiu bastante no geral.
Como anda
Na versão XEi equipada com o novo motor 2.0 de 177cv o desempenho do carro é bom. Durante nosso curto percurso, registamos uma média de 8,5km/l, mas é provável que o carro trabalhe com uma média de 10,5km/l quando abastecido com gasolina. O consumo real mostraremos aqui em breve, quando faremos uma avaliação mais longa com o carro.
O motor a combustão aliado com a nova transmissão de 10 velocidades é mais um ponto positivo para o carro. As trocas de marchas são imperceptíveis, o que torna qualquer viagem confortável. O ponto de melhoria fica no ato do kick-down. Com o giro em alta rotação, o ruído dentro da cabine ficou bem alto, herança da geração antiga.
Avaliamos o carro em um perímetro urbano e foi possível sentir bem o trabalho da nova suspensão, agora independente nas quatro rodas com solução multilink na traseira. O motorista tem a sensação que o carro está mais “na mão”, o que dá mais segurança e conforto aos passageiros. Isso também é notado na versão Altis Hybrid.
E falando nela, talvez a principal novidade do carro, a motorização híbrida flex presente no carro é surpreendente. O motor 1.8 atua com dois propulsores elétricos. Em nosso trajeto, por cerca de 40km, o computador de bordo apontou uma autonomia maior que 1000km, ou seja, o carro poderia ir de São Paulo até Goiânia com apenas um tanque de combustível. Além da economia, as emissões ficam ainda mais reduzidas ao usar etanol.
A motorização não tem muito segredo sendo a mesma já utilizada no Prius associando motor 1.8 de 101cv a dois motores elétricos auxiliares mas os dados técnicos da solução não foram divulgados. Em baixa velocidade e rotação, o carro trabalha utilizando somente os motores elétricos e ao acelerar é acionado o motor a combustão, que tem seu funcionamento perceptível no rodar com o carro. Os motores elétricos não são do tipo plug-in, ou seja, a recarga da bateria é feita com o próprio motor e com a energia dispensada na frenagem.
O Corolla está chegando ao mercado este mês e a Toyota tem atuado com força para treinar e capacitar a rede de revendedores neste disputadíssimo mercado. A missão é continuar se sobressaindo com o Corolla à frente de seus competidores, abrindo ainda mais vantagem sobre o Civic, que não teve mudanças na linha 2020, o discretamente renovado Chevrolet Cruze e o Volkswagen Jetta. Em uma análise mais profunda, o Corolla também quer avançar sobre segmentos superiores como Mercedes-Benz C200 EQBoost, com sistema híbrido leve e até sobre o tecnológico Volvo S60 e os novos BMW Série 3.
*com a colaboração de Guilherme Magna
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