R7 testa o novo Kia Sportage 2023 1.6 híbrido
Novidade evolui em todos os sentidos: do design ao espaço interno trazendo soluções viáveis para a eletrificação
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
Após o lançamento da quinta geração do Kia Sportage no Brasil, tivemos a chance de testar a novidade da Kia em um longo de trecho de viagem entre Araxá/MG e São Paulo/SP. Com estilo arrojado e esportivo, a novidade traz um nível competitivo de equipamentos para enfrentar a concorrência do líder Jeep Compass, além do Chevrolet Equinox, Volkswagen Taos e do Toyota Corolla Cross e Caoa Chery Tiggo 7X Pro (estes dois últimos igualmente híbridos).
Nesse primeiro contato se nota que o Sportage cresceu sendo do mesmo tamanho que o modelo europeu: 4,51m de comprimento, 1,86m de largura e 1,65m de altura além de bons 2,68m de distância entre-eixos. O porta malas é generoso com 562 litros de capacidade, suficiente para levar a bagagem de três pessoas que acompanharam a viagem de volta entre Minas Gerais e São Paulo.
Ao entrar no carro percebe-se que o painel ficou mais baixo e mais largo. Ele de fato quer ser parecer com um automóvel mas a largura é pura sensação com elementos horizontais do painel. No modelo mais caro, há itens que notamos facilmente: teto solar panorâmico, shift paddles, câmbio seletor por botões e outros itens como a projeção do ponto cego no painel digital de duas telas de 12,3 polegadas.
Ao sair com o carro uma boa surpresa para um híbrido é que os 180cv e 27kgfm de torque do motor 1.6 turbo GDI a gasolina é bem esperto. Ele embala rápido e o câmbio DCT de dupla embreagem faz trocas eficientes. Para quem torce o nariz diante desse tipo de transmissão a Kia avisa que se trata de um câmbio aprimorado com sistema seco, redução de atrito e outras melhorias.
Vai bem? Poderia ser melhor apenas ao oferecer tração integral embora tenha suspensão independente na dianteira (Mc Pherson) e na traseira (Multilink). É confortável mas pelo preço oferecido poderia ter ainda assistente de estacionamento, coisa que modelos mais caros do segmento oferecem também.
O painel digital é fácil de ajustar com bom contraste e resolução. Para estacionar, as câmeras 360°, a projeção do ponto cego, a câmera de ré e os alertas facilitam o trabalho. As duas telas integradas são curvadas e voltadas para o motorista. Na prática, os comandos são simplificados e com ícones grandes permitindo ainda espelhamento de celulares com sistema Android Auto e Apple CarPlay, mas somente com fio.
Neste primeiro contato foi possível perceber o quanto o Crossover médio da Kia evoluiu. Só faltou mesmo um sistema de tração integral e assistente de estacionamento que modelos semelhantes ou mais em conta oferecem. O Sportage chega em duas versões: EX por R$ 224,9 mil e Prestige por R$ 259,9 mil. Vale lembrar que modelos médios topo de linha como Equinox e Toas custem até R$ 200 mil, enquanto modelos como Corolla Cross híbrido XRX custe R$ 204 mil e o Caoa Chery Tiggo 7 Pro com sistema auxiliar elétrico idêntico ao do Sportage seja até R$ 70 mil mais em conta.
O design e o apelo do modelo eletrificado poderá ajudar a impulsionar suas vendas ainda que a Kia tenha apenas 250 unidades por mês para entregar em suas 78 concessionárias. Se a marca sul coreana cumprir a promessa de elevar o lote mensal para 400 unidades, a divisão brasileira vai ter mais espaço para crescer em um mercado disputadíssimo.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.