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Reduzir emissões dos veículos custará R$ 150 bilhões em 15 anos, diz Anfavea

Adequação para descarbonizar emissões requer esforço das montadoras enquanto governos tornam leis mais rígidas

Autos Carros|Do R7

Estudo prevê instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados
Estudo prevê instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea junto com a Boston Consulting Group – BCG divulgaram um estudo inédito para o Brasil reduzir emissões de CO2 nos próximos anos com veículos que poluam menos o meio ambiente. O estudo, que foi divulgado no seminário “Anfavea: O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo”, apresenta três cenários para o futuro da motorização veicular no país. Para alcançar esse objetivo o estudo afirma que são exigidos R$ 150 bilhões nos próximos 15 anos em tecnologia e infraestrutura pela cadeia automotiva, pelos produtores de combustíveis, energia e pelo poder público. Entenda.

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O estudo vem logo após a divulgação feita pela ONU do relatório IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que prevê aumento de mais 1,5º C nos próximos 15 anos.

“A Anfavea lidera esse debate fundamental e inadiável, pois a indústria automotiva precisa saber como direcionar seus investimentos para as próximas gerações de veículos e para inserir o Brasil nas estratégias globais de motorização com foco total na descarbonização”, acrescentou o Presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, no encontro virtual.


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Portanto, com o foco em ajudar o país a contribuir no combate contra o aquecimento global, a entidade divulgou um estudo para o Brasil diminuir significativamente as emissões de poluentes. Segundo os cenários apresentados, os veículos leves eletrificados responderão por 12% a 22% das vendas em 2030 por aqui. Já em 2035 os carros elétricos estarão entre 32% e 62%.


Produção e a distribuição de energia também deverá receber investimentos para suprir a frota de elétricos
Produção e a distribuição de energia também deverá receber investimentos para suprir a frota de elétricos

Em relação aos veículos pesados movidos a energia elétrica serão de 10% a 26% em 2030 e de 14% a 32% em 2035. Contudo, os motores flex e a diesel ainda serão maioria na frota em 2035, o que eleva a importância dos biocombustíveis para reduzir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente.

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“Enfrentar as mudanças climáticas é o maior desafio da nossa geração. Na indústria automotiva, tecnologias de eletrificação e maior uso de combustíveis sustentáveis já se mostram um caminho sem volta. As empresas precisam se preparar para o desafio e mirar as novas oportunidades, investindo em produção, infraestrutura, distribuição, novos modelos de mobilidade e serviços, além da capacitação dos seus profissionais”, disse Masao Ukon, sócio sênior do BCG Brasil e líder do setor Automotivo na América do Sul.

Veja os detalhes do estudo divulgado pela Anfavea e o BCG

1– Impactos no setor automotivo

Até 2030 serão 432 mil veículos eletrificados por ano, número que aumenta para 1,3 milhão por ano em 2035. Esses dados são projeções de vendas. Por isso, com um volume deste tamanho os carros elétricos terão que ser produzidos aqui e não apenas importados.

Para atingir esta meta será preciso apoio governamental, assim como acontece na União Europeia, China e até mesmo nos Estados Unidos
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Desta forma, o país conta com 40 fábricas, além das fornecedoras de autopeças, que precisam entrar em um novo ciclo de investimentos para manter a competitividade. Ao mesmo tempo deverá gerar 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos na cadeia automotiva. Número que pode ser ampliado nos próximos anos.

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Com isso, será necessário investir em pesquisa e desenvolvimento, adaptação de fábricas, desenvolvimento de fornecedores, preparação e treinamento da rede de concessionárias, entre outras demandas. Só fazendo isso será possível abastecer o mercado local e se consolidar como polo exportador de novas tecnologias para os países vizinhos e, também, de outros continentes.

Até 2030 serão 432 mil veículos eletrificados por ano
Até 2030 serão 432 mil veículos eletrificados por ano

Além disso, abre oportunidade para outros investimentos como semicondutores e baterias, já que o país possui matéria-prima abundante para essas novas tecnologias. Desta maneira, estimulará toda a cadeia e o surgimento de startups, além de promover um grande ciclo de investimentos e uma revolução tecnológica no Brasil, o que beneficiaria outros mercados nacionais.

2 – Estímulos governamentais

Para atingir esta meta será preciso apoio governamental, assim como acontece na União Europeia, China e até mesmo nos Estados Unidos. Neste caso, alguns países europeus concedem bônus aos compradores de carros elétricos como descontos ou isenções em recarga de baterias, pedágios, estacionamentos urbanos, rodízio, financiamentos com juros reduzidos, entre outros fatores.

Estudo divulgado pela Anfavea e o BCG também garante uma oportunidade única para um crescimento de investimento no Brasil
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3 – Reflexos sobre os combustíveis

Mas antes que o mercado automotivo brasileiro chegue aos 100% de vendas de carros elétricos será necessário investir em biocombustíveis. Por isso, a demanda por etanol e álcool anidro, que está presente em 27% na gasolina, exigirá altos investimentos da indústria sucroalcooleira. Esse número deve ficar em R$ 50 bilhões nos próximos 15 anos.

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Assim como o etanol, os produtores de diesel e biodiesel terão que fazer um investimento bilionário. Também será necessário investir na produção de HVO – Diesel de Origem Vegetal para a frota circulante.

4 – Investimentos em energia e infraestrutura

Para andar com um carro elétrico plenamente e não ficar parado na estrada por falta de “combustível” será necessário a instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados. Para chegar a este número será necessário investir R$ 14 bilhões.

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A produção e a distribuição de energia também deverá receber investimentos para suprir a frota de elétricos, que criará uma demanda adicional de 7.252 Gwh, o que representa 1,5% de tudo o que é gerado atualmente. Desta forma, será necessário ter uma política de estado com participação do poder público ou de parcerias público-privada para suprir essa demanda.

5 – Redução de emissões de CO2 e de poluentes

Para reduzir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente também será necessário promover uma política eficiente para retirada rápida da frota velha das ruas. Uma saída poderá ser a inspeção veicular, que está prevista em lei desde a criação do Proconve em 1986, mas que até hoje não saiu do papel exceto iniciativas de alguns estados, o que já foi abandonado em boa parte dos que iniciaram os programas.

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6 – Oportunidade única: avalanche de investimentos no país

O estudo divulgado pela Anfavea e o BCG também garante uma oportunidade única para um crescimento de investimento no Brasil. “Outros países já definiram suas metas de descarbonização, bem como os caminhos para se chegar a elas. O Brasil, em seu papel de um dos principais mercados para o setor de transporte no mundo, não pode mais perder tempo”, acredita Luiz Carlos Moraes.

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“É hora de unir esforços de todos os setores envolvidos com a cadeia de transporte terrestre no país e de todas as esferas do poder público para definir o que queremos, respeitando as vocações de nossa indústria e as particularidades do nosso país continente. Só com essas definições de metas é que os investimentos corretos poderão ser feitos, colocando o Brasil em um caminho global que não tem mais volta, que é o da redução das emissões dos gases de efeito estufa. Temos essa obrigação para com as futuras gerações”, concluiu o Presidente da Anfavea.

*Em colaboração Felipe Salomão

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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