Taycan GTS: testamos a versão intermediária do Porsche elétrico
Com quase 600cv no modo overboost, ele tem até 500km de autonomia e sistema mais rápido de recarga
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A Porsche tem liderado a inovação elétrica desde 2019 quando lançou o Taycan, seu esportivo elétrico que não tem qualquer relação com outros clássicos modelos da marca de Stuttgart. De lá para cá foram mais de 20.000 unidades produzidas em diversas versões. O R7-Autos Carros testou o Porsche Taycan GTS, versão intermediária do esportivo com motor de 598cv.
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No Taycan Gran Turismo Sport a novidade está nos detalhes: repare no splitter dianteiro e nas saias laterais bem discretas (se é que um Porsche pode ser discreto), acabamento modificado na base do para-choque traseiro e as grandes rodas de 20 polegadas de formato aerodinâmico para melhorar a passagem do ar sem interferir na refrigeração dos quatro freios a disco.
Por dentro domina o revestimento de Alcântara presente no tabelier, console central e até nas colunas. A vocação esportiva segue pelos bancos em couro inteiriços e elétricos. As quatro telas à frente permitem controle diverso das funções do carro.
E são muitas. O Taycan GTS tem dois motores elétricos, um em cada eixo, que trazem 517cv, que podem chegar a 598cv na função overboost, com torque instantâneo de 86,7 kgfm e 0-100 na faixa de 3,7s.
A pegada esportiva do Taycan fica evidente em cada detalhe. Diferente de outros elétricos já testados, se nota que ele mantém a dirigibilidade e a firmeza nas curvas como qualquer grande carro esportivo. O motorista fica bem próximo do chão, experimenta uma aceleração brutal e uma estabilidade invejável. Embora seja baixo, o Taycan tem diversos ajustes e sistema de suspensão ativo atualizando o carro sobre as condições da pista para extrair o máximo de performance ou de conforto conforme o tipo de direção escolhido.
Há cinco modos de condução: Normal; o Range, mais econômico e com maior recuperação de energia; o Individual, personalizado pelo motorista nos parâmetros de condução e suspensão; além do Sport e o Sport Plus.
O espaço interno é bom apesar do Taycan ser mesmo um esportivo. O banco traseiro comporta duas pessoas com certo conforto apesar da coluna C bem baixa e porta malas de 419 litros que seria bom não fosse o estepe temporário que rouba boa parte do volume. À frente sob o capô há porta objetos ou porta cabos: ele vem com cabo comum de recarga e outro de modo lento para tomadas aterradas.
O Taycan tem dois modos de carga. O “lento” com 22kw, superior a muitos wallbox do mercado podendo ser recarregado em questão de quatro a cinco horas e também o rápido com até 270kw de entrada de energia. Porém será possível recarregá-lo apenas nos pontos de alta velocidade da própria Porsche mas que permitirão um abastecimento completo em menos de 1h. Sua autonomia varia muito entre 350 e 500km variando muito conforme o tipo de condução.
O preço de R$ 819 mil é na prática próximo de R$ 1 milhão uma vez que sua importação é feita pela rede em quantidades limitadas o que aumenta o valor pedido pelo Taycan GTS aqui no Brasil.
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