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José Roberto matou uma família inteira para se vingar da ex-companheira

O feminicídio mais pesado que cobri em toda a minha carreira

Bloco de Notas com Gabriel Graciano|Gabriel GracianoOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Josué Roberto cometeu um brutal feminicídio em Mongaguá, matando sua ex-cunhada e os filhos dela.
  • Motivação do crime foi vingança contra sua ex-companheira, que era alvo de ciúmes e abusos.
  • Josué utilizou uma marreta para atacar a família e aguardou a ex-mulher em casa para abusar dela.
  • Após o crime, ele foi preso pela polícia minutos depois de fugir da cena.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

José Roberto usou uma marreta de obra para agredir a cunhada e os três filhos dela enquanto dormiam Reprodução/RECORD

A imprensa estava movimentada naquele dia em Mongaguá, no litoral de São Paulo. Logo nas primeiras horas da manhã, os grupos de mensagem já estavam “ensanguentados” por um episódio violento que fugia dos padrões que costumamos mostrar na TV.

Era 26 de maio. Um homem teria matado uma mulher e os filhos dela com ferramentas de pedreiro. Uma sobrevivente — a ex-companheira dele — foi a motivação de tanto ódio.


A casa simples, localizada no bairro Jussara, estava toda vermelha por dentro. Sinais que restaram da crueldade do assassino. Os dois se conheceram muitos anos antes, no Nordeste. Formaram uma família e vieram para a Baixada tentar novas oportunidades.

A situação financeira do casal não era boa. Recém-chegados, foram acolhidos pela família dos cunhados, que haviam vindo antes e já tinham prosperado um pouco.


José Roberto começou a trabalhar no emprego que lhe arranjaram. Os parentes fizeram de tudo para ajudar o casal. Tanto que ele, a esposa e os filhos viviam de favor em Mongaguá, dentro da casa dos cunhados, que tinham três filhos.

O relacionamento de José Roberto estava conturbado. As brigas atrapalharam a relação dele com a família que os acolheu. As crises de ciúme geraram uma separação, resultado de muitos desentendimentos e discussões. Esse foi o motivo da expulsão de José Roberto da casa.


Para que ele não ficasse no relento, o cunhado arrumou um alojamento na obra onde o pedreiro trabalhava. José Roberto viveu lá, mas continuava a atormentar a ex-companheira com crises de ciúme. Elas foram se agravando com o tempo e culminaram no crime.


“Ele abusou sexualmente dela, depois mostrou o que fez e lhe disse que esse era o castigo dela, ser o motivo da morte de toda a família da cunhada.”

Cheguei ao local no período da tarde. Na rua, encontrei a equipe do Cidade Alerta, que também iria repercutir o caso. Fomos juntos apurar as informações que ainda não constavam no boletim de ocorrência.

Uma mulher, vizinha que morava a poucas casas de distância, nos atendeu e contou estar assustada com o que soube. Mostrou as câmeras de vigilância da residência dela, que exibiam pouca coisa — mas, ao menos, mostravam a movimentação da polícia.

Eu vou lhe explicar como tudo aconteceu. José Roberto teria planejado o crime. Escolheu o dia em que o cunhado não estaria em casa, apareceu de repente e, por ser conhecido da família, foi recebido como um parente.

Ele usou uma marreta de obra para agredir a cunhada e, em seguida, os três filhos dela, enquanto dormiam. Um deles, de 16 anos, sobreviveu.

A mulher que teve a vida ceifada se chamava Priscilla Caroline. Era vendedora de açaí na praia e ainda ajudava pessoas com o trabalho na igreja. Morreu vítima do homem que ela ajudou Reprodução/RECORD

Não satisfeito, José Roberto aguardou na casa. Cometeu os crimes nos quartos e esperou a ex-mulher voltar do trabalho. Ele abusou sexualmente dela, depois mostrou o que havia feito e disse que aquele era o castigo dela — ser o motivo da morte de toda a família da cunhada. Em seguida, fugiu.

Assim que percebeu estar em segurança, a ex-companheira chamou a polícia, que, na mesma manhã, prendeu o homem. Ele foi encontrado correndo próximo a uma escola, minutos depois de deixar a casa.

A delegada do caso estava desolada. No dia seguinte, segui para o velório e conversei com amigos da vítima. Todos desacreditados.

A mulher que teve a vida ceifada se chamava Priscilla Caroline. Era vendedora de açaí na praia e ainda ajudava pessoas com o trabalho na igreja dela. Morreu vítima do homem que ela abrigou.

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