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Fundo bilionário é aposta para atrair China e destravar acordos antes de a COP30 terminar

Governo vê o fundo como peça-chave para garantir investimentos e pressionar avanços nas relações com EUA, Europa e China

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa para fotos após reunião bilateral com o vice- primeiro-ministro da China, Ding Xuexiang, em Belém Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 06.11.2025

Atrás das cortinas da COP30, o governo brasileiro trabalha com um cronograma apertado para transformar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) em vitrine da política externa de Lula.

O fundo é tratado como um projeto estratégico desde a COP28. A meta agora é consolidar adesões até março, prazo definido porque alguns países — entre eles China, Reino Unido e Canadá — ainda ajustam seus orçamentos internos.


A China é vista como peça central no plano. O país pode entrar como investidor ainda no primeiro trimestre de 2026.

Arquitetura inédita

O TFFF rompe com o modelo tradicional de doações e cria um fundo de investimento ambiental, com retorno financeiro e devolução integral após cerca de 40 anos.


Cada dólar investido por governos pode alavancar outros quatro dólares, segundo o desenho montado por João Paulo de Resende, economista da Fazenda e autor da proposta.

O Banco Mundial foi escolhido como administrador fiduciário, responsável por supervisionar a gestão, garantir transparência e repassar recursos aos países com florestas tropicais. Pelo desenho, 20% dos valores devem ir diretamente para povos indígenas e comunidades locais.


Tarifaço e reuniões bilaterais

Em uma das reuniões bilaterais durante a cúpula, a conversa com os franceses teve destaque. E o assunto não poderia deixar de ser o acordo Mercosul-União Europeia.

Lula e Emmanuel Macron se encontraram e dessa reunião saiu a informação de que o governo espera assinar o acordo até 20 de dezembro. Ursula von der Leyen, presidente da União Europeia, também disse acreditar que a assinatura ocorra nessa data, no Rio de Janeiro, durante a Cúpula do Mercosul.


O tarifaço imposto pelos EUA permanece como assunto problemático dentro do governo. O chanceler Mauro Vieira mantém contato com o Tesouro americano. E tenta marcar uma conversa com o secretário de Estado Marco Rubio para a semana que vem.

Porém, caso o diálogo não avance, há a possibilidade de um novo encontro entre Lula e Donald Trump nos próximos meses.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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