Blog do Nolasco Bolsonaro pode nomear Ciro para Secretaria Geral, e não Casa Civil

Bolsonaro pode nomear Ciro para Secretaria Geral, e não Casa Civil

Fontes do Planalto dizem que presidente estuda mudança para que Ciro Nogueira (PP-PI) possa focar na articulação política 

  • Blog do Nolasco | Thiago Nolasco, com Mariana Londres

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), no plenário do Senado

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), no plenário do Senado

Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) pode ser nomeado para um outro ministério — o da Secretaria Geral — e não mais para a Casa Civil, como estava previsto desde a semana passada. O presidente Bolsonaro avalia fazer esta mudança de última hora.

A ideia, segundo fontes ouvidas pelo blog, é que na Secretaria Geral, Nogueira teria mais tempo para se dedicar à articulação política. O governo precisa melhorar sua relação com o Senado, principalmente, e Ciro poderia ser de grande ajuda nesse sentido estando neste outro ministério.

Além disso, Bolsonaro manteria o general Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil, evitando um desgaste com a sua ala militar. 

O problema é que a mudança de pasta, da Casa Civil, que articula todas as grandes ações do governo, para a esvaziada Secretaria Geral pode ser vista tanto pelo senador Ciro Nogueira quanto pelo seu partido, o PP, como um "rebaixamento" antes mesmo da nomeação.

Bolsonaro vinha enfrentando reações do PP, um dos maiores partidos do Centrão e seu grande aliado na Câmara, comandada por Arthur Lira (PP-AL), depois de ter afirmado que iria vetar o fundão eleitoral, aprovado pela Câmara, e também pelo suposto recado do ministro Braga Netto sobre o voto impresso.

Braga Netto nega ter enviado ao Congresso recado de que sem voto impresso não haveria eleições. A interlocutores, o presidente Bolsonaro justifica o anúncio de veto ao fundão após o seu vice, Hamilton Mourão, ter dito que vetaria se fosse o presidente. 

Ao nomear Ciro Nogueira para uma pasta importante, a Casa Civil, Bolsonaro manteria a base no Congresso, vital para a sua sobrevivência política, e ainda deixaria aberta a possibilidade de uma aliança para 2022. 

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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