Bolsonaro vai recriar Ministério do Trabalho e da Previdência
Pasta havia sido fundida à Economia quando o presidente assumiu o poder em 2019. Onyx Lorenzoni será o titular
Blog do Nolasco|Thiago Nolasco
O presidente Jair Bolsonaro decidiu recriar o ministério do Trabalho e da Previdência, áreas que haviam sido fundidas na pasta da Economia quando ele assumiu o poder em janeiro de 2019. Onyx Lorenzoni ocupará o cargo de titular da nova pasta, que será transformada em um único ministério, ainda sem nome definido.
Onyx sairá da Secretaria-Geral da Presidência para dar lugar ao general Luiz Eduardo Ramos, que deixará a Casa Civil, principal ministério do governo.
Na dança das cadeiras, sinalizada por Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (21) durante transmissão nas redes sociais, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), deve assumir a chefia da Casa Civil.
Entenda
A "superpasta" de Guedes, foi criada no início do Governo com a fusão dos Ministérios da Fazenda, Planejamento, do Trabalho e Previdência e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Há algum tempo, muita gente no governo e, principalmente, aliados no Senado Federal têm aconselhado o presidente a dividir o "superministério".
Esses aliados defendem que a pasta de Guedes "está muito grande" e que é necessária uma nova divisão.
Dança das cadeiras
Também hoje, Bolsonaro sinalizou a nomeação do senador Ciro Nogueira, que preside o Progressistas, para a Casa Civil, o principal ministério do governo. Ele entraria no lugar do atual titular da pasta, general Luiz Eduardo Ramos, que deve ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República, ocupada justamente por Onyx Lorenzoni.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na manhã desta quarta-feira (21), o presidente comentou sobre a possível troca de ministros. "Estamos trabalhando uma mudança ministerial, provavelmente na segunda-feira", afirmou o chefe do executivo federal.
Ciro Nogueira, um dos expoentes da ala do centrão, é advogado e está no segundo mandato pelo Piauí. Membrostitular da CPI da Covid, ele tem buscado minimizar as denúncias de corrupção em contratos por compras de vacina pelo Ministério da Saúde.
Se o movimento for confirmado, a ala política chegará ao coração do governo, e os militares, bem como a chamada ala ideológica, perderão força em um momento de crise vivida pelo Palácio do Planalto com as investigações da CPI da Covid e consequente queda na popularidade do presidente da República.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.