Caso Joca: rastreamento de animais pode ser a solução
Ideia foi ventilada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que defende um plano nacional de transporte animal
A morte do golden retriever Joca na semana passada continua provocando comoção, e as autoridades discutem melhorias no transporte aéreo de animais.
Hoje as regras são definidas pelas próprias companhias, e os animais de estimação acima de 20 kg precisam viajar nos bagageiros dos aviões.
Em entrevista exclusiva para o Jornal da Record, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que uma das possiblidades é o rastreamento, em tempo real, dos animais. “Defendo que a gente possa ter, por exemplo, um monitoramento permanente. Acho que já existe expertise para a gente poder criar, não sei se através de uma coleira, através de uma pulseira, através de um próprio monitoramento de câmeras, o rastreamento, ou seja, todo animal que for transportado no porão, ele passe a ter o seu rastreamento permanente, que o tutor, o dono do animal, ele possa, desde a entrega, até o final da viagem, saber por onde [o animal] passou. Tenho muita confiança que esse marco, infelizmente, da morte do Joca vai servir de reflexão para todas as companhias aéreas para que a gente possa ter uma melhor governança”, explicou o ministro.
Costa Filho e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) discutem a criação do primeiro Plano Nacional de transporte animal do país. A expectativa é de que a proposta fique pronta até 30 de junho.
A companhia aérea Gol tem até o fim desta segunda-feira (29) para dar explicações à ANAC do que ocorreu com o cão Joca. Ele foi enviado num voo de Guarulhos para Fortaleza e retornou à Guarulhos, onde chegou morto. O destino correto do animal era Sinop (MT).
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