Diante de incertezas eleitorais, cresce desvalorização da moeda argentina
Câmbio vive dia de tensão no último dia útil antes do primeiro turno das eleições presidenciais
Blog do Nolasco|Do R7
A já cambaleante economia argentina sentiu ainda mais os efeitos das incertezas eleitorais. Enquanto o governo de Alberto Fernandes e o candidato e ministro da Economia, Sergio Massa, tentam controlar a desvalorização do peso, a cotação dispara no mercado real que é operado em pequenas casas de câmbio de Buenos Aires.
O governo conseguiu reduzir as operações nas grandes casas de câmbio, mas no centro da capital U$ 1 chegou a valer 1.100 pesos. O dólar informal praticamente dobrou de valor nos últimos 35 dias após as eleições primárias. Em 13 de agosto era cotado a 605 pesos. A cotação oficial segue congelada em 350 pesos para cada dólar. A diferença entre a taxa de câmbio oficial e a que é praticada nas ruas chegou a 214%.
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Os jornais locais, como o Clarín, voltaram a noticiar que o ministro e candidato Sergio Massa pôs novamente a fiscalização nas ruas para que as casas de câmbio reduzissem as operações. Com essa estratégia, o dólar tinha recuado para cerca de 900 pesos. Mas, agora, a cotação voltou a acelerar.
O maior salto foi no dólar usado pelas empresas: a cotação chegou a U$ 1 para 1.100 pesos, avanço de 16%, só ontem.
O primeiro turno das eleições na Argentina é no domingo (22). O favorito na disputa é
Javier Milei, um deputado ultraliberal que promete dolarizar a economia e acabar com o
Banco Central.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.