A decisão de não punir o ex-Ministro Eduardo Pazuello, que também é general da ativa, é algo que o comando do exército já sabia de antemão que teria grande repercussão. Mas a avaliação interna, segundo fontes ouvidas pelo blog, é que o ato não caracteriza uma subordinação à vontade de Bolsonaro e nem que haverá politização das Forças Armadas. A não punição a Pazuello por ter participado de evento ao lado do presidente no Rio de Janeiro, no dia 23 de maio, vem gerando muita polêmica uma vez que não é permitido a um integrante do exército participar de atos políticos. Apesar disso, o comando do Exército avaliou que a decisão seria bem compreendida internamente e, por isso, houve uma reunião prévia com os Oficiais Generais. O caso foi analisado sem paixões ou pressões, ouvindo os envolvidos e concedendo o direito à ampla defesa. As fontes ouvidas acreditam que deixar Pazuello sem algum tipo de punição não enfraquece em nada a instituição. A ideia geral é que este caso específico não vai gerar indisciplina e nem insatisfação internas. Este é considerado um assunto administrativo e não haverá uma "crise militar" ou "ingerência do presidente", como especulou a imprensa, ainda segundo as fontes. O alto comando do Exército considera que as Forças Armadas são coesas, profissionais e não caem em "iscas políticas baratas".