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Inflação é o grande tema de debate na eleição dos EUA

Kamala Harris e Donald Trump disputam o voto dos eleitores nesta terça-feira (5)

Blog do Nolasco|Thiago NolascoOpens in new window

O dragão da inflação também aterroriza os eleitores americanos Imagem criada por IA via Freepik

A eleição americana, que chega ao fim com a votação nesta terça-feira (5), é marcada por debates na área econômica. A alta dos preços tornou a vida dos americanos mais cara nos últimos quatro anos.

A inflação acumulada nos últimos 3 anos e 11 meses, durante o governo de Joe Biden, atinge a casa dos 20% e pode ser decisiva para a definição do próximo presidente dos Estados Unidos.

O candidato republicano, Donald Trump, usou o aumento do custo de vida dos americanos para ganhar votos durante todo o processo eleitoral. E ele tem razão. De acordo com a agência Moody’s, uma família típica está gastando US$ 1.192 a mais por mês hoje do que no início do governo de Joe Biden.

Claro, Biden enfrentou as consequências da escassez de suprimentos na cadeia produtiva global no pós-pandemia e a guerra na Ucrânia, que elevou os preços dos combustíveis.


Mas política é isso: não importa as causas, quem está no governo sofre o desgaste, e a vida do americano ficou mais cara e difícil.

Trump, acertadamente, não se cansa de lembrar que a inflação anual nunca ultrapassou os 3% durante o governo dele. Muito diferente do que ocorreu no governo Biden, que chegou a 9,1% no acumulado de 12 meses, a maior taxa em quatro décadas.


A situação no momento está mais controlada, com a inflação abaixo de 3% nos últimos 12 meses. Mas, mesmo assim, a população sente e reclama da alta dos preços que corroeu o poder de compra, apesar de os salários também terem subido.

A candidata democrata, Kamala Harris, sabe que é preciso fazer algo a respeito. Ela tem prometido baixar os custos de vida e de moradia. Mesmo com a redução dos juros, está muito caro financiar a casa própria.


Por outro lado, Trump promete “acabar com a inflação” e “trazer de volta uma coisa chamada sonho americano”. O republicano diz que vai reduzir impostos e aumentar tarifas de importação de produtos, incluindo 60% sobre bens feitos na China. O plano também inclui a deportação em massa de imigrantes ilegais.

A questão é saber se essas medidas serão implementadas em caso de vitória e qual a intensidade delas. Em tese, o aumento de tarifas pode significar aumento de preços de produtos importados e aumento da inflação, e a deportação também pode reduzir a oferta de mão de obra, principalmente em serviços mais pesados que os americanos não estão dispostos a fazer.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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