Militares não escondem indignação com operação determinada por Alexandre de Moraes
Clima está tenso entre militares da ativa e da reserva ouvidos pelo Blog
Blog do Nolasco|Do R7
O clima de tensão tomou conta de militares na manhã desta quinta-feira com a operação determinada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A insatisfação é grande com os mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro do STF contra militares de alta patente e que, até poucos meses, estavam no comando de postos-chaves.
Um general da reserva disse ao Blog que "o atual comandante, o general Tomás Paiva, vai enfrentar insatisfação clara dentro dos quartéis" e que a relação entre os militares com o governo federal e com o judiciário "volta a ficar tensionada".
Os questionamentos são pelo método adotado por Alexandre de Moraes de determinar a busca e apreensão sem que os alvos tenham sido chamados para depoimentos.
Outro questionamento é sobre a envergadura dos alvos dos mandados. Entre eles estão o ex-ministro e ex-comandante do Exército, general Paulo Sérgio, o ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, e o general Augusto Heleno, ex-ministro de Bolsonaro, mas também um militar altamente prestigiado dentro das Forças Armadas que chegou a comandar a operação de paz da ONU no Haiti. General Braga Netto é outro militar muito respeitado dentro das Forças Armadas.
Sobre a busca e apreensão contra Augusto Heleno, outro militar disse ao Blog: "Você sabe quantos oficiais da ativa já foram comandados pelo general Heleno? Muitos".
Ao Blog, o ex-comandante da Marinha almirante Garnier Santos afirmou que foi acordado pela PF às 6h15. "Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus", disse.
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