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Blog do Nolasco

Negociações sobre Orçamento não avançam

Bolsonaro se dedica pessoalmente nas discussões, mas ainda não há acordo entre Governo e Congresso sobre o Orçamento da União.

Blog do Nolasco|Thiago Nolasco, da Record TV

Bolsonaro participa das discussões sobre Orçamento
Bolsonaro participa das discussões sobre Orçamento

O Governo passou esta quinta-feira (8) em reuniões, o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que está participando diretamente das discussões, só saiu às 21h40 do Palácio do Planalto, depois de conversar com Ministros e até com o Presidente da Câmara Arthur Lira. No final desses encontros, nada de acordo.

O Blog conversou com duas fontes envolvidas nas negociações. Uma delas deu o tom depois de todas as o conversas, disse "nada ainda! Complicado". A outra pessoa com acesso a todo debate, tentou demonstrar algum otimismo "estamos chegando a uma boa forma", mas mesmo assim, deixa claro que não existe acordo neste momento.

O orçamento, feito depois de em uma longa tramitação no Congresso, acompanhada pela equipe econômica, foi aprovado com cortes de R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias para abir espaço para emendas parlamentares. O Tesouro Nacional considerou a proposta fora da realidade e sugeriu o veto presidencial, o temor é desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal e dar margem para mais um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.

O impasse vem causando mal estar entre o Governo e o Congresso. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido alvo de críticas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que os acordos precisam ser cumpridos e que o Palácio do Planalto pode dar uma péssima sinalização à base de apoio no Congresso. O relator da proposta, senador Márcio Bittar, já se comprometeu a fazer um corte de 10 bilhões em emendas, mas o valor é insuficiente para recompor os gastos obrigatórios.

Mesmo sem uma definição, tudo indica que o Governo, vai optar por vetos parciais. Jair Bolsonaro tem até o dia 22 para, sancionar ou vetar o texto, em partes ou integramente, o que causaria muitos ruídos com o parlamento.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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