Segurança vira arma eleitoral contra o presidente Lula
Lideranças de direita e de centro avaliam que declarações recentes sobre o tema podem dar um novo tom à disputa eleitoral
Blog do Nolasco|Do R7

Nos bastidores, opositores comemoram o que chamam de “erros em série” do presidente Lula. Primeiro, Lula afirmou que “traficantes são vítimas dos usuários”. Depois, classificou como “matança” a megaoperação da polícia do Rio de Janeiro na semana passada, quando traficantes, armados com fuzis e usando drones para lançar explosivos contra os agentes, foram mortos em confronto.
A reação foi imediata.
Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, criticou Lula e disse que “policiais, Lula acha que a vida de vocês vale menos que a de bandidos com metralhadoras”.
O deputado Zucco, líder da oposição na Câmara, afirmou ter ficado “incrédulo” com a fala do presidente.
A leitura entre dirigentes oposicionistas é que Lula subestimou o impacto do tema “segurança” neste momento e na agenda eleitoral de 2026. A aposta é explorar o desgaste, reforçando a narrativa de que o governo estaria desconectado da realidade do enfrentamento ao crime organizado.
Um dos movimentos é acelerar no Congresso o projeto que classifica facções como Comando Vermelho e PCC como organizações terroristas.
Se aprovado, o texto ampliaria penas para os integrantes das facções, tornaria o crime inafiançável, equipararia o terrorismo a crimes hediondos e restringiria benefícios como anistia e progressão de pena.
Além disso, os processos deixariam de tramitar na Justiça estadual e passariam para a Justiça Federal. Outra consequência seria facilitar o acionamento das Forças Armadas em áreas dominadas pelo crime.
A avaliação é que, com uma série de territórios sob controle de facções, o projeto pode ganhar força política no Congresso.
O texto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O governo é contra.
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