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Segurança vira arma eleitoral contra o presidente Lula

Lideranças de direita e de centro avaliam que declarações recentes sobre o tema podem dar um novo tom à disputa eleitoral

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Enterro do sargento do Bope, Heber Carvalho da Fonseca, morto na megaoperação contra o CV no Rio PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO - 30.10.2025

Nos bastidores, opositores comemoram o que chamam de “erros em série” do presidente Lula. Primeiro, Lula afirmou que “traficantes são vítimas dos usuários”. Depois, classificou como “matança” a megaoperação da polícia do Rio de Janeiro na semana passada, quando traficantes, armados com fuzis e usando drones para lançar explosivos contra os agentes, foram mortos em confronto.

A reação foi imediata.


Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, criticou Lula e disse que “policiais, Lula acha que a vida de vocês vale menos que a de bandidos com metralhadoras”.

O deputado Zucco, líder da oposição na Câmara, afirmou ter ficado “incrédulo” com a fala do presidente.


A leitura entre dirigentes oposicionistas é que Lula subestimou o impacto do tema “segurança” neste momento e na agenda eleitoral de 2026. A aposta é explorar o desgaste, reforçando a narrativa de que o governo estaria desconectado da realidade do enfrentamento ao crime organizado.

Um dos movimentos é acelerar no Congresso o projeto que classifica facções como Comando Vermelho e PCC como organizações terroristas.


Se aprovado, o texto ampliaria penas para os integrantes das facções, tornaria o crime inafiançável, equipararia o terrorismo a crimes hediondos e restringiria benefícios como anistia e progressão de pena.

Além disso, os processos deixariam de tramitar na Justiça estadual e passariam para a Justiça Federal. Outra consequência seria facilitar o acionamento das Forças Armadas em áreas dominadas pelo crime.


A avaliação é que, com uma série de territórios sob controle de facções, o projeto pode ganhar força política no Congresso.

O texto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O governo é contra.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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