TSE volta atrás em convite para União Europeia acompanhar as eleições
A Justiça Eleitoral aceitou questionamento do Ministério das Relações Exteriores lembrando que o país não faz parte da organização e não deve se colocar em posição de subordinação
Blog do Nolasco|Do R7
O Tribunal Superior Eleitoral desistiu de convidar a União Europeia para acompanhar as eleições gerais de outubro no país. Segundo fontes do TSE, "foi feito o convite, aí surgiram algumas questões apresentadas pelo Itamaraty, e por isso estamos tentando uma missão técnica no lugar de uma missão internacional".
Conforme apurou o Blog, o Itamaraty apontou o fato de o Brasil não ser membro da União Europeia. "Brasil não é membro da UE [União Europeia]. Só topamos observação de organizações internacionais das quais somos membros. Senão, nos colocamos em posição de subordinação. Constituição Federal estabelece princípio da igualdade soberana dos Estados", explicou um alto integrante da nossa diplomacia.
O presidente Jair Bolsonaro não teria sido consultado sobre o assunto. "O tema é tão evidente que nem precisou chegar ao PR [Presidente da República]", completou o diplomata.
Mesmo assim, as eleições de outubro serão acompanhadas por vários organismos internacionais, como já é tradição. Em nota, o Tribunal Superior Eleitoral explicou que, "para aumentar a transparência, promover o fortalecimento institucional e defender a democracia brasileira", foram convidados os principais organismos internacionais de observação eleitoral.
Foi confirmada, até o momento, a presença de representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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