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Venda da Eletrobras pode movimentar R$ 100 bilhões

Operação de venda da estatal do setor elétrico é uma das iniciativas do governo para retomada no pós-pandemia

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Venda da Eletrobras pode movimentar R$ 100 bilhões
Venda da Eletrobras pode movimentar R$ 100 bilhões

A operação de venda da Eletrobras, estatal do setor elétrico, pode movimentar R$ 100 bilhões. O Ministério da Economia ainda não confirma oficialmente a previsão, mas o blog apurou com fontes que acompanham o processo de venda que este deve ser o valor de toda a operação financeira. A equipe econômica espera acelerar o processo de privatização, a partir da aprovação da Medida Provisória que cria as regras para a venda da estatal e deve ser votada na Câmara dos Deputados na segunda metade deste mês.

A conta para chegar em R$ 100 bilhões de movimentação financeira, leva em conta o valor da outorga, o "múltiplo", que dobra o patrimônio líquido, além de outros fatores.

A medida provisória (MP 1.031) determina que a privatização vai ser feita por meio de novas ações ao mercado, e com isso o percentual acionário da União vai cair para menos de 50%. A proposta deve ir a votação na Câmara, a partir da segunda semana deste mês. "O prazo para concluir todo o cronograma, é em janeiro de 22", explica o Secretário Especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.

Mas, nos bastidores do Ministério da Economia, a ideia é vender a Eletrobras ainda em 2021.


Outra privatização considerada estratégia é a dos Correios, a empresa deve ser vendida à iniciativa privada ainda este ano. O Secretário Carlos Mac Gord diz que "o impacto que isso traz, ele (Correios) vai passar de R$ 300 milhões de investimentos por ano, para R$ 2 bi de investimentos por ano. O valor levantado, claro que é importante, mas olha o impacto indireto que isso tem na economia como um todo, isso sim é mais importante".

Os planos são uma forma do Ministério da Economia rebater as críticas de paralisia no processo de privatizações, um dos pilares do programa econômico do Governo Bolsonaro: "O programa de privatizações do Governo, ele não está e nunca esteve parado. Pelo contrário" afirma o secretário.


A previsão é fazer pelo menos cinco grandes vendas este ano, e repassar mais sete estatais para a iniciativa privada no ano que vem. Este ano, Porto de Vitória, EMGEA (empresa de ativos), CBTU, Belo Horizonte, Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre), Eletrobrás e Correios.

Em 2022, serão vendidas mais quatro praças da CBTU, Porto de Santos e o Ministério da Economia quer avançar na venda de imóveis.


O processo de desinvestimento, com a venda de subsidiárias de estatais, vai ser mantido.

Segundo o Governo, com esse processo de venda de participações acionárias, foram arrecadados em dois anos e quatro meses, cerca de R$ 200 bilhões. A maior parte eram ações do BNDESPAR, BB, CAIXAPAR e Petrobras. Diante dos dados, o Secretário, Carlos Mac Cord insiste, "se isso é estar parado, o programa de privatizações do Governo, eu não sei o que é estar parado". O Secretário assumiu a função, após o pedido de demissão do ex-secretário da área, Salim Mattar, que saiu da função se queixando do pouco empenho do governo na venda de empresas públicas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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