Visita de Zelensky aos EUA aumenta discussão entre democratas e republicanos
Presidente da Ucrânia quer apresentar plano de vitória a Biden e Kamala; Trump quer acabar com a guerra
A guerra na Ucrânia se tornou um novo ponto central nas discussões entre democratas e republicanos nas eleições presidenciais americanas. A visita do presidente ucraniano aos Estados Unidos amplificou esse debate.
Após visitar uma fábrica de munições no estado da Pensilvânia, Zelensky tem encontros agendados com o presidente Joe Biden e a vice-presidente e candidata à reeleição Kamala Harris. Nessas reuniões, ele deve apresentar um plano de vitória para a Ucrânia na guerra contra a Rússia, pleiteando que os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, enviem mais armas e autorizem o uso de mísseis de longo alcance.
No entanto, a própria presença de Zelensky já gerou críticas entre os republicanos. Parlamentares do partido questionaram a ida do presidente ucraniano a uma fábrica de munições localizada em um estado com grande comunidade ucraniana.
Senadores e deputados sugeriram que Zelensky estaria demonstrando apoio aos democratas e pediram uma investigação sobre o uso de um avião do governo americano para a viagem. Além disso, afirmaram que Zelensky não deveria se envolver na política dos Estados Unidos.
Em entrevista recente, o presidente ucraniano criticou o senador e candidato a vice-presidente JD Vance, chamando-o de “radical demais”.
Outro ponto relevante nessa discussão foram os novos comentários do candidato Donald Trump. O republicano afirmou que Zelensky “se recusa a fazer um acordo” com a Rússia.
“Cidades desapareceram. Elas se foram, e continuamos a dar bilhões de dólares a um homem que se recusou a fazer um acordo, Zelensky. Não havia acordo que ele pudesse ter feito que não fosse melhor do que a situação atual. Vocês têm um país que foi obliterado, impossível de ser reconstruído”, declarou Trump durante um discurso de campanha na Carolina do Norte.
Trump criticou o apoio fornecido pelo governo de Joe Biden e Kamala Harris à Ucrânia e, mais uma vez, indicou que interromperia a ajuda dos EUA caso vença as eleições.
Diante desse cenário, não está previsto um encontro entre Trump e Zelensky. O líder ucraniano, agora mais do que nunca, depende de uma vitória democrata nas eleições.
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