É a segunda vez em menos de um mês que o americano Lloyd Austin e o russo Andrei Beloussov conversam por telefone.Não é comum que isso aconteça, ainda mais com essa frequência, o que merece atenção.Por motivos óbvios, os dois departamentos de defesa não quiseram comentar os detalhes da conversa, mas mencionaram que o tema da ligação foi “minimizar o risco de escalada”.Rússia e Estados Unidos voltaram a viver momentos de tensão, como na época da Guerra Fria, principalmente após três novas polêmicas.A primeira: O posicionamento da OTAN, durante um encontro para comemorar os 75 anos da Aliança. Líderes fizeram ataques a Moscou, ao presidente russo Vladimir Putin, e declararam apoio incondicional à Ucrânia. Alguns chegaram a dizer que a entrada do país europeu na Aliança era um “caminho sem volta”, o que deixou os russos furiosos.A segunda: O aumento do arsenal de armas dos EUA na Alemanha, pela primeira vez desde a queda da União Soviética. Armas que podem ser usadas para atingir até o “coração” da Rússia, a capital Moscou. A implementação começará somente em 2026. Os russos reagiram imediatamente. O governo falou de uma “ameaça muito séria” e prometeu retaliar “militarmente”, mas não especificou como nem quando.A terceira: As defesas da Alemanha, França, Itália e Polônia assinaram uma declaração conjunta para desenvolver mísseis de cruzeiro a serem lançados em solo europeu. A medida pretende aumentar os arsenais de armas dos quatro países que fazem parte da OTAN. Para os russos, tudo planejado pelos americanos.Será que viveremos uma nova Guerra Fria?