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Blog do Zamataro

Berlim e União Europeia querem “resposta firme” após Teerã executar cidadão alemão-iraniano

A execução por enforcamento de Jamshid Sharmahd, de 69 anos, que estava preso desde 2020, vem causando reações e até troca de farpas entre líderes nas redes sociais

Blog do Zamataro|Luiz Felipe ZamataroOpens in new window

Jamshid Sharmahd estava preso desde 2020 e foi enforcado Reprodução/Facebook/Marziyeh Amirizadeh - 29.10.2024

O sistema judicial do Irã divulgou uma nota no começo da manhã avisando: Jamshid Sharmahd está morto. Ou nas palavras deles “foi feito”.

A reação dos chefes de estado foi imediata. O chanceler alemão Olaf Scholz diz estar em choque, chamou a morte de “escândalo” e fala em sérias consequências. Logo depois, convocou o embaixador do Irã para explicações.

A ministra das relações exteriores alemã, Annalena Baerbock, foi além e disse que a morte de Jamshid deixa “ilustrado mais uma vez a atitude anti-humana do regime em Teerã”. E falou para os repórteres “que executar um cidadão alemão terá consequências severas”.

Na rede social X, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, partiu para cima e disse: “Nenhum terrorista goza de impunidade no Irã, mesmo que tenha um passaporte alemão”.


Araghchi ainda trocou farpas nas redes sociais com Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia. O clima entre Teerã e Europa voltou a ficar tenso.

Mas, quem era Jamshid Sharmahd?

Nascido em Teerã, Sharmahd cresceu na Alemanha e foi morar nos EUA em 2003. Segundo sua família, ele não tinha passaporte iraniano, já que os aiatolás não aceitam dupla cidadania. Em 2020, durante um passeio com a família em Dubai, foi sequestrado e levado preso para o Irã. Três anos depois, ele foi condenado à morte, por supostamente liderar um grupo terrorista que planejou 23 ataques, e teria inclusive planejado derrubar o governo do Supremo Líder. Lá, eles chamam de “corrupção na Terra”.

A família nega veementemente todas as acusações e diz que Jamshid era apenas um crítico do governo. Eles cobram agora o governo iraniano para liberar o corpo e exigem uma resposta da Alemanha, União Europeia e Estados Unidos. A execução vai aumentar ainda mais a pressão sobre o Irã.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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