Hamas: novo chefe é o mentor da invasão a Israel e chamado de ‘açougueiro’ pelos inimigos
Após o assassinato de Ismail Haniyeh por Israel, grupo terrorista escolhe um comandante radical para assumir o controle
O Hamas agora tem uma nova liderança: Yahya Sinwar. Na verdade, ele não é tão novo assim. O homem chamado de “chefe” é um velho conhecido de Israel.
Sinwar ficou preso mais de 20 anos em cadeias israelenses. Ele cumpria quatro penas de prisão perpétua pelo assassinato de dois soldados do “inimigo” e também pela morte de quatro palestinos que ele suspeitava de traição. Em 2011, durante uma troca de soldados, foi libertado. E se radicalizou ainda mais.
Em 2017, foi “eleito” comandante do Hamas em Gaza.
Mas nada se compara com o que ele teria planejado ano passado: de acordo com os investigadores, ele seria o “mentor” da invasão a Israel, em outubro de 2023, que matou mais de 1.200 pessoas e fez mais de 250 reféns. O ataque, que chocou o mundo pela brutalidade, ainda não terminou. Acredita-se que 111 israelenses ainda estejam nos túneis secretos de Gaza. A guerra ainda continua.
O porta-voz do exército de Israel reagiu na mesma hora. Chamou Sinwar de “rosto do mal” e o declarou como um “homem morto ambulante”.
Ele agora será o responsável do grupo terrorista para negociar a libertação dos reféns, mas não deve ser tão fácil. Ao contrário, o que já estava complicado deve piorar muito.
Sinwar é um chefe extremamente radicalizado e leal aos terroristas. Já foi chamado de “açougueiro” devido à violência dos seus atos. Um amigo disse que ele matou um rival dentro de um cemitério com um lenço. E o que mais preocupa: ele é muito conectado ao financiador do partido — os iranianos.
Um alto funcionário do Hamas disse que a escolha de Sinwar como chefe do gabinete político do Hamas envia uma “mensagem forte” a Israel.
E completou: “O Hamas continua seu caminho de resistência”. Sinwar agora é a figura mais poderosa do Hamas, formalmente também.
Agora é esperar o que ele vai fazer daqui para frente. O fato é: o chefe confirmou que o Irã vai responder ao ataque que matou o antecessor em Teerã, capital do país, com um suposto míssil de curto alcance.
A tempestade do Oriente Médio continua bem longe de acabar.
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