Hezbollah encomendou há cinco meses pagers e rádios-comunicadores que explodiram
Sucesso e ousadia do plano do Mossad, o serviço secreto israelense, surpreendeu até os aliados. Qual será o próximo passo?
Ao menos 14 pessoas morreram nesta quarta-feira (18) e dezenas ficaram feridas após os rádios portáteis usados pelos terroristas do Hezbollah explodirem em várias regiões do Líbano. Ainda não se sabe a extensão dessa segunda “onda” de ataques.
De acordo com fontes de segurança, esses rádios foram comprados há cinco meses. Adivinha só? Na mesma época em que os pagers que também explodiram foram adquiridos pelos terroristas.
Na terça-feira, mais de 20 pessoas morreram e milhares foram atingidas após explosões desses objetos. Entre os feridos estão o embaixador do Irã no Líbano e soldados iranianos em atuação na Síria.
Um ataque que pegou a todos de surpresa. Nem mesmo os americanos sabiam do plano.
Os membros do Mossad, o serviço secreto de Israel, teriam colocado pequenas gramas de explosivos nos rádios e pagers. Os membros do Hezbollah não usam telefone ou mesmo WhatsApp com medo de serem rastreados. Os israelenses sabiam disso e agiram. De acordo com as vítimas, os dispositivos explodiram quatro segundos após receberem uma mensagem escrita.
Agora, todos querem saber como os israelenses tiveram acesso aos rádios, aos pedidos de compras e mais: como conseguiram implantar os dispositivos sem deixar rastros. Enquanto os terroristas ainda tentam entender o ataque, Israel segue a um passo a frente. Todos acabaram expostos.
Irã e a aliança prometeram vingança.
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