Irã incentiva Hezbollah a um cessar-fogo após morte de novos chefes
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que dois pretendentes a comandante do grupo foram mortos em ataques
O Hezbollah está sem rumo, sem comando e perdendo cada vez mais poder de ataque.
Em pouco mais de duas semanas de guerra, Israel conseguiu eliminar comandantes, matou o chefão e mentor do grupo, Hassan Nasrallah, e ainda bombardeou túneis e depósitos de armas. O poder de fogo do grupo está cada vez menor. E os poucos líderes que ainda restam estão isolados.
Hoje, o exército israelense destruiu um escritório do Irã na Síria que seria responsável por reforçar o arsenal do Hezbollah.
O vice-líder do grupo, Naim Qassem, que falava em guerra e destruição do país vizinho, mudou radicalmente o tom. “Depois que a questão do cessar-fogo tomar forma, e uma vez que a diplomacia possa alcançá-lo, todos os outros detalhes podem ser discutidos, e decisões podem ser tomadas”, disse.
Qassem mencionou também os esforços do presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, para restaurar a paz no país.
Há alguns dias, o ministro dos negócios estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, foi a Beirute e se reuniu com o comando do grupo. De acordo com fontes militares, ele pediu para todos se concentrarem em parar a guerra. Eles temem que o Hezbollah se transforme, da maior milícia do Oriente Médio, para um grupo irrelevante.
O Irã, que patrocina Hamas e Hezbollah, parece cada vez mais longe das decisões e perdendo em todas as frentes. Tudo pode acontecer. O conflito continua.
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