Israel ainda espera duas ‘ondas’ de ataques terroristas. A última será a pior
Apesar de toda a festa do grupo Hezbollah nas redes sociais, exército israelense afirma que a maior parte do ataque foi frustrado
Desde a manhã de domingo (25), o Hezbollah divulga em todas as redes sociais a tão esperada “resposta” pela morte do comandante do grupo terrorista, Fuad Shukr, alvo de um bombardeio israelense em julho.
O secretário-geral do grupo, Hassan Nasrallah, disse que a operação de hoje foi conduzida em duas fases: primeiro, os terroristas dispararam mais de 320 foguetes dentro de Israel para manter o sistema de defesa Domo de Ferro ocupado. Na segunda fase, eles então lançaram dezenas de drones direcionados ao centro de Israel.
Ele indicou que os dois principais alvos dos drones eram: uma base militar de inteligência, que fica ao lado da sede do Mossad (o famoso serviço secreto de Israel), e uma instalação militar não especificada localizada a 40 quilômetros ao norte de Tel Aviv e a 75 quilômetros da fronteira com o Líbano.
Apesar de toda a festa do grupo nas redes sociais (falando em “sucesso”), o exército israelense afirma que a maior parte do ataque foi frustrado. Segundo eles, nenhuma base militar foi danificada, mas um marinheiro em um barco de patrulha foi atingido por estilhaços e morreu.
Os destroços dos foguetes também atingiram uma pessoa, com ferimentos leves, e danificaram casas, mas o exército garante que nenhum drone impactou o centro do país.
O secretário-geral do Hezbollah afirma que a demora pela chamada “vingança”, quase um mês depois da morte de Fuad Shukr, foi estudada pelo chamado Eixo, que inclui outros grupos terroristas do Oriente Médio. Importante ressaltar aqui: todos liderados e financiados pelo Irã.
De acordo com a declaração, eles decidiram dividir os ataques. Primeiro, o Hezbollah. Depois, os Houthis, grupo que domina o Iêmen. E, por fim, a resposta do Irã, que prometeu se vingar não só pela morte do comandante do Hezbollah, mas pelo ataque que matou o diretor do Hamas em Teerã, capital do país. Essa deve ser a resposta mais brutal.
Os generais do país, sempre que perguntados, falam que a resposta virá e será satisfatória. Por enquanto, os alvos do Eixo foram sempre declarados militares, nunca civis. Por enquanto.
Os Estados Unidos e a União Europeia vêm tentando tirar do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, a ideia de um ataque mais “firme” e que possa colocar o Oriente Médio em uma nova guerra. Mas tudo pode acontecer.
Enquanto isso, Israel decretou estado de emergência nacional até segunda-feira e se disse pronto para enfrentar os grupos terroristas.
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