Kremlin acredita que Trump vai reverter "sinal verde" para ataques na Rússia
A decisão de liberar o uso de armas americanas em ataques dentro do território russo teria sido tomada por Biden em viagem ao Brasil. Nem ele, nem a Casa Branca se manifestaram
Vladimir Putin e os aliados acordaram hoje em fúria. Ninguém estava esperando que o presidente Joe Biden mudaria de rota, no final do mandato e, jogando mais lenha na fogueira da guerra na Ucrânia, como disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Em tese, Biden quebrou a primeira regra dos americanos na guerra do Leste Europeu: o uso de armas americanas para atingir alvos na Rússia. Desde o começo da invasão, os EUA e a OTAN ajudavam o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky com armas, apoio, mapas, satélites... mas apenas para se defender dentro do território ucraniano.
Moscou sempre alertou para essa mudança de rota. Para os russos, se armas americanas ou ocidentais forem usadas em território russo, isso poderia indicar uma violação da soberania. Ou seja, por direito internacional à defesa, a Rússia poderia declarar guerra contra os EUA e à Aliança ou mesmo fazer uso de armas nucleares.
Peskov disse que Putin já foi claro em relação à decisão e o que isso implicaria. Até o final desse post, nem Putin e nem Biden comentaram a decisão do presidente americano, divulgada por fontes da Casa Branca ao jornal The New York Times.
Agora, os russos pressionam o presidente eleito Donald Trump. Eles querem revogação dessa decisão, até para sentar na mesa e negociar um acordo de paz. Trump já tinha avisado que acabaria com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia antes mesmo de tomar posse.
O presidente ucraniano comemorou a decisão e disse: “Os mísseis falarão por si”. A guerra continua.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.