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Blog do Zamataro

Mecanismo de pagamento sem dólar será prioridade do Brasil na presidência dos BRICS, diz chanceler russo

O país assume o comando do grupo no ano que vem; a Rússia, hoje na presidência, acredita que o Brasil deve concluir o projeto, mas ainda sem data.

Blog do Zamataro|Luiz Felipe ZamataroOpens in new window

Serguei Lavrov, um dos ministros mais poderosos do governo russo, voltou a defender as posições do Brasil no grupo dos BRICS.

Lavrov em visita ao Brasil no começo do ano: Eles querem acelerar o projeto de uma moeda única

A principal delas: os pagamentos alternativos sem o dólar entre os membros do grupo e até a criação de uma moeda única. A proposta foi levantada pelo presidente Lula durante a cúpula dos BRICS em Joanesburgo, na África do Sul, no ano passado. Ideia aprovada e apoiada firmemente pelos russos.

“Ministros das finanças e chefes de bancos centrais trabalharam na questão. Houve progresso, mas é necessário concluir esse trabalho para que já existam mecanismos prontos para uso. Não tenho dúvidas de que nossos colegas brasileiros trabalharão com grande empenho, considerando que essa é uma iniciativa do presidente deles. Acredito que o próprio presidente Lula da Silva fará questão de que esse tema seja uma das prioridades.”

Lavrov diz que os BRICS correm risco se não mudarem o quanto antes os mecanismos de pagamentos e volta a criticar o dólar.


“Precisamos de um sistema paralelo, considerando que o dólar é cada vez mais utilizado como arma agressiva na economia global. Ninguém sabe quem será o próximo. Ninguém está seguro contra o uso arbitrário do dólar, dado o estado desesperado dos EUA no mundo atual.”

O chanceler russo ainda comentou sobre a troca da presidência e os novos projetos.

“Esperamos, e tenho certeza de que assim será, a continuidade das iniciativas russas. Entre elas estão a bolsa de grãos, a plataforma de investimentos, o grupo de trabalho sobre transporte e sobre medicina nuclear. Esses são todos projetos práticos, de interesse para todos os membros do BRICS. Não tenho dúvidas quanto a isso. Iremos apoiar ativamente os brasileiros.”

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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