Decisão por prisão domiciliar de Geddel sai após ex-deputado morrer
Ex-parlamentar Nelson Meurer, que estava preso por condenação na Lava Jato, não resistiu ao agravamento da covid-19 no último domingo (12)
Christina Lemos|Do R7
A conversão do regime fechado para domiciliar do ex-ministro Geddel Vieira Lima, infectado pelo novo coronavírus e, portanto, acometido pela covid-19, ocorre três dias depois da morte do ex-deputado federal Nelson Meurer (PP), que estava preso no Paraná por causa de condenação na Lava Jato.
Meurer tinha 78 anos de idade e cumpria pena de 13 anos e 9 meses por corrupção e lavagem de dinheiro na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. Estava internado em um hospital particular da cidade porque, diagnosticado com covid-19, era cardiopata, diabético, hipertenso e tinha problemas renais.
A defesa de Meurer havia pedido a prisão domiciliar em abril, mas a solicitação foi negada na Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, afirmava que a cadeia onde Meurer estava preso não tinha superlotação e tinha equipe de saúde própria.
Embora sejam casos não relacionados, nesta quarta-feira, o presidente do STF, ministro Antônio Dias Toffoli, decidiu monocraticamente pela domiliciar de Geddel Vieira Lima.
Na decisão, porém, Toffoli ressaltou que "essa decisão excepcional não prejudica posterior reexame do juiz natural da causa, o ilustre Ministro Edson Fachin, inclusive quanto ao período de duração da prisão domiciliar humanitária".
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