Os golpistas têm usado o serviço de devolução do Pix para desviar dinheiro dos clientes de bancos. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) fez um alerta nesta terça-feira (13) sobre o golpe do “Pix errado”, que utiliza o MED (Mecanismo Especial de Devolução) do Banco Central, criado para facilitar as devoluções no caso de fraudes e golpes.Por meio de cadastros fraudulentos ou preenchidos em redes sociais, o bandido descobre o telefone da vítima, que muitas vezes é a chave Pix cadastrada por ela.De posse dessa informação, o bandido realiza uma transferência para a vítima. Em seguida, liga ou manda mensagem dizendo que fez um Pix errado e pedindo estorno. A vítima de boa-fé aceita devolver o dinheiro. Só que o golpista, em vez de dar a chave Pix da transferência original, ele fornece chave Pix de uma terceira conta.Após recebendo o dinheiro da devolução por essa chave Pix, o bandido aciona o MED. Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original de transferência, os bancos entendem que essa é uma ação típica de golpe e podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta enganada.Com isso, além de receber o dinheiro estornado, o golpista recebe o valor pelo MED, e a vítima fica no prejuízo.“A Febrabam alerta que, ao receber um pedido de estorno por qualquer motivo, o cliente só o faça para a conta original em que o Pix foi feito, via ferramenta de devolução do aplicativo do banco. Nunca e em hipótese alguma, faça estorno para uma terceira conta. Se tiver qualquer dúvida, ligue para o seu banco, para os canais oficiais dos bancos e não para eventuais telefones passados por golpistas”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.A federação também recomenda que os clientes tomem muito cuidado com a exposição de dados pessoais em redes sociais, com e-mails de supostas promoções que tenham cadastros e com mensagens recebidas em aplicativos de mensagens.“Para devolver um Pix errado, vá em extratos, no item do Pix, e clique em devolver. Desta forma, o dinheiro será devolvido diretamente para quem originariamente enviou o Pix. Sempre faça a devolução dentro da ferramenta do aplicativo. Nunca faça estorno para uma chave Pix nova”, orienta Faria. 1) Por meio de cadastros preenchidos em internet ou ainda em pesquisas em redes sociais, o bandido descobre o número do telefone celular da vítima (que muitas vezes é cadastrado como chave Pix)2) De posse da chave Pix com número de celular, envia uma transferência3) Em seguida, liga ou manda mensagem para a vítima dizendo que fez um Pix errado e pede o estorno. Para isso, usa técnicas de convencimento para que a pessoa mande o dinheiro de volta4) A vítima, de boa-fé, aceita devolver o dinheiro. Só que ao invés de dar a chave Pix da transferência original, o golpista fornece uma chave Pix de uma terceira conta5) Neste momento, o bandido aciona o MED (Mecanismo Especial de Devolução)6) Por meio deste mecanismo, os bancos envolvidos irão analisar a transação. Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original da transferência, as instituições entendem que esta ação é típica de golpe e, daí, podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada7) Se tiver êxito, além de receber o dinheiro devolvido espontaneamente, o bandido também recebe o valor pelo MED e a vítima fica no prejuízo.- Ao receber um pedido de estorno de Pix por qualquer motivo, o cliente sempre deve fazer a transação para a conta original que o Pix foi feito. - O cliente deve entrar em seu aplicativo bancário e dentro das funcionalidades do Pix, utilizar a opção de devolução da transação recebida, que automaticamente envia o valor para a conta de origem.- E nunca fazer um estorno para uma terceira conta.- Na dúvida, ligar para o banco, pelos meios oficiais.- Entre na área Pix do banco- Vá em Extratos, clique em “Devolver”- Desta forma, o dinheiro será devolvido diretamente para quem originalmente mandou o Pix- Sempre faça a operação de devolução dentro da ferramenta do aplicativo. Nunca faça o estorno para uma chave Pix nova.