A luta contra a Covid
Crônicas do Stoliar|Do R7
Sempre cuidei da saúde e continuo cuidando, como poucos. Minha esposa diz que sou hipocondríaco, mas não acho que seja verdade. Não saio tomando remédio sem consultar um médico. Gosto de estar bem para fazer o que gosto e o que precisa ser feito.
Por isso, não é incomum ter uma caixa de máscara, vários tubos de álcool em gel espalhados pela casa e manter a minha vacinação em dia.
Mas nada disso impediu que pegasse a tal da Covid. Até então, amigos, colegas e familiares já haviam sido contaminados. O vírus passava perto, mas não me pegava. E olha que vida de repórter é um risco constante, vocês sabem...
Fui me cuidando e me esquivando do vírus, como grande parte da população. Mas uma hora, a Covid vai pegar você. É inevitável. Acostume-se com isso.
O vírus fica no ar (por pouco tempo), nos objetos...
Só pensava que, quando chegasse a minha vez, só queria que os sintomas fossem brandos e não ficassem sequelas.
Mas quem disse que podemos prever o que vai acontecer?
Veio o surto de gripe e pronto. Peguei, minha imunidade caiu e fiquei exposto ao coronavírus. Faltavam poucos dias para a dose de reforço...
Tudo que fiz foi em vão, menos a vacina.
A esposa, que havia tomado a dose um mês antes, ficou sem sintomas. Ela não é nada hipocondríaca... Nunca vi tomando remédio. Se vi, foram poucas vezes. Ela ficou bem. Não foi meu caso.
Eu tive todos os sintomas. Febre, vomito, diarréia, dor no corpo, tosse, dor de garganta, perda de olfato e paladar. Tudo aquilo que falei nas reportagens nos últimos dois anos na televisão. Mas com um detalhe: Nenhum dos sintomas foi grave. Tratei em casa. Continuo com um pouco de pigarro, sem sentir gosto ou cheiro, mas vai passar.
Agora não falo mais da doença como repórter. Falo por experiência própria.
Volto ao trabalho depois de 10 dias de gripe e mais 10 de Covid com a certeza da eficácia das vacinas.
Evitaram o contágio? Não.
Evitam a transmissão? Não.
Evitaram os sintomas? Obviamente não!
Mas impediram que a doença fosse grave em mim. E só isso já é suficiente.
Nunca perguntei quem produzia as vacinas da gripe que tomei a vida toda e nem se eram eficazes ou não. Simplesmente tomava. Acredito que funcionam. Essa semana, agradeci.
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