Noriega: grupo do Brasil na Copa é traiçoeiro
Sorteio aponta caminho que não permite vacilos, embora seleção seja favorita a passar em primeiro lugar
Espaço Prisma|Maurício Noriega*
A seleção brasileira caiu em um grupo traiçoeiro na Copa do Mundo de 2026. Embora Marrocos, Escócia e Haiti sejam adversários sem tradição, os dois primeiros têm potencial para complicar a vida do time brasileiro.
A equipe dirigida pelo italiano Carlo Ancelotti estreia contra o Marrocos, em 13 de junho, em Nova York ou Boston. Dia 16, o jogo é contra o Haiti, em Boston ou na Filadélfia, e o jogo contra a Escócia será em 24 de junho, em Miami ou Atlanta.
O que os adversários podem oferecer de perigo para o Brasil?
Marrocos
Quarta colocada na Copa de 2022, a seleção marroquina é forte e joga um futebol apaixonado, de boa técnica e entrega física. A evolução do futebol no Marrocos é notável, com base em investimentos em centros de treinamento sofisticados e qualidade na formação.
O jogador mais famoso é Hakimi, um dos melhores laterais-direitos do mundo, mas o goleiro Bono, os atacantes El Berkaouri e En-Nesyri, os meio-campistas Brahim Diaz e Hrimat são excelentes jogadores. O técnico Walid Regragui é muito respeitado pelos jogadores e tem um trabalho tático moderno.
Escócia
Responsável por uma das surpresas das Eliminatórias Europeias, despachando a favorita Dinamarca, a Escócia é uma seleção em transformação. Deixou de lado o jogo enfadonho de bolas cruzadas pelo alto e passou a praticar um futebol atualizado.
Jogadores que atuam em ligas importantes como as da Inglaterra e da Itália dão peso ao time, entre eles Che Adams, do Torino, McTominay e Gilmour, do Nápoli, e McGuin, do Aston Villa.
Haiti
O time mais fraco do grupo pode ser o ponto de desequilíbrio caso tire ponto dos mais fortes. Em sua segunda participação em Copas, o Haiti tem como principal destaque o atacante Nazon, que atua pelo Wolverhampton, da Liga Inglesa, e tem mais de 40 gols pela seleção.
Outros grupos
Alguns grupos sugerem disputas mais acirradas. O E tem Alemanha, Curaçao, Costa do Marfim e Equador. Apenas Curaçao aparece com poucas chances na teoria. O equilíbrio tende a ser grande entre alemães marfinenses e equatorianos.
Assim como no grupo L, as presenças de Inglaterra, Croácia e Gana diante do Panamá apontam para uma disputa grande pelas duas vagas.
A campeã mundial Argentina terá pela frente Áustria, Argélia e Jordânia. Os austríacos têm um time forte e podem dificultar.
O grupo H tem a favorita Espanha enfrentando Uruguai, o estreante Cabo Verde e a Arábia Saudita, que fez uma bela Copa em 2022.
As seis últimas vagas para a Copa serão decididas nos chamados play-offs da Europa e Mundial, em março.
*Maurício Noriega é comentarista da RECORD
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