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Relação entre América Latina e EUA sempre foi complicada — e continua sendo

Desconfiança histórica, começando com a Doutrina Monroe e passando pela Guerra Fria, ainda influencia como os países latinos veem os Estados Unidos hoje

Heródoto Barbeiro|Heródoto Barbeiro

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O clima antiamericano não é exclusividade de um único país na América Latina. Os esquerdistas nacionalistas acusam o gigante do norte de impor a sua política imperialista e manter as nações ibéricas na periferia do capitalismo contemporâneo. Devem exportar produtos de baixo valor agregado, como minérios e produtos agrícolas, e importar os manufaturados yankees com alto valor agregado. Argumentam que é a perpetuação de uma política que nasceu no século 19, a Doutrina Monroe, que tinha como lema “A América para os Americanos” — “do Norte”, acrescentam os partidos comunistas locais. O sentimento antiamericano ganha impulso graças à Guerra Fria, à vitória de Fidel em Cuba e à fundação de movimentos guerrilheiros de inspiração marxista.

A elite latino-americana está do lado de uma organização cada vez maior com os Estados Unidos. Sabem que ter uma balança comercial favorável não é tudo, ou melhor, é quase nada quando a balança de pagamentos é deficitária. Por vários motivos, entre eles a remessa de lucros das empresas estrangeiras para os seus países de origem. Até o transporte marítimo dos produtos brasileiros sofre com o alto preço dos fretes no exterior. Assim, a única saída para essa submissão política, econômica e financeira é se aliar a um inimigo dos Estados Unidos, como fizeram outros países, entre eles a Cuba castrista.


LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A relação entre América Latina e EUA é marcada por desconfiança histórica, desde a Doutrina Monroe até a Guerra Fria.
  • Sentimento antiamericano se intensifica com acusações de imperialismo e política de dependência econômica.
  • Movimentos políticos na América Latina tentam afastar elites ligadas ao capital estrangeiro, enfrentando resistência.
  • Visita do vice-presidente dos EUA gera protestos massivos em diversos países sul-americanos, evidenciando tensões atuais.

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Para tomar o poder político é preciso afastar os grandes fazendeiros, rotulados de latifundiários no Brasil e terratenientes na América de fala ibérica. Os canais de ascensão ao poder central e domínio dos destinos do Brasil estão fechados para os partidos de esquerda. As oligarquias ligadas ao capital estrangeiro estão atentas aos movimentos, alguns com caráter revolucionário e financiados por nações estrangeiras.

O Departamento de Estado envia para a América do Sul o vice-presidente republicano. Ele faz uma tournée que começa pela Colômbia, Peru e vai para o Uruguai. Em Bogotá, Lima e Montevidéu ocorrem grandes manifestações contra o norte-americano, com passeatas e confrontos com a polícia. Não se esperava uma reação tão intensa e violenta. Nem mesmo as embaixadas escapam dos manifestantes.


Os esforços do presidente em aproximar dos países sul-americanos é um fracasso, nem chega perto do sucesso que foi no passado a Política da Boa Vizinhança. Pelo menos foi uma experiência que Richard Nixon, o vice-presidente viajante, ganha, em 1959, para tentar no futuro a presidência dos Estados Unidos.

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