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Luiz Fara Monteiro

Após decolagem de Congonhas, Gol aborta voo para o Santos Dumont

Retorno a São Paulo ocorreu 16 minutos após a partida. Retorno foi motivado por uma possível pane no instrumento que regula a potência dos motores

Luiz Fara Monteiro|Do R7

Boeing 737-800 da Gol no Santos Dumont, semelhante ao da ocorrência
Boeing 737-800 da Gol no Santos Dumont, semelhante ao da ocorrência

O voo G3-1012 da Gol Linhas Aéreas, que saiu do aeroporto de Congonhas, São Paulo, nesta quarta-feira (02) em direção ao aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, teve que retornar ao destino. 

A aeronave escalada para cumprir o voo, um Boeing 737-800, de registro PR-GUQ, e há apenas 9 anos em operação, decolou no horário previsto, às 10h07.

A decolagem de Congonhas foi realizada sem intercorrência.

Mas 16 minutos depois, no entanto, a tripulação iniciou uma curva à direita e retornou à Congonhas para um pouso seguro às 10h46.


Dados da plataforma RadarBox.com revelam que o Boeing 737-800 estava a 27.025 pés quando fez uma curva de 240º dando início ao retorno à Congonhas (SBSP).

A rota percorrida pelo voo abortado
A rota percorrida pelo voo abortado

O Blog recebeu a informação não oficial de que o retorno a São Paulo poderia ter sido provocada por uma pane no autothrottle, manetes de potência que se movem de maneira automática.


O autothrottle permite ao piloto selecionar diferentes modos de voo, que regulam de forma automática a potência dos motores e o consumo de combustível.

A Gol enviou uma nota ao blog:


"Em relação ao voo 1012, operado na manhã desta quarta-feira (2/2) entre CGH e SDU, a GOL informa que houve a necessidade de uma manutenção não programada da aeronave pouco após a decolagem. Ela retornou a CGH e após a troca da aeronave e novo embarque dos passageiros, o voo seguiu normalmente. A primeira decolagem ocorreu às 9h58, e o pouso com a nova aeronave foi realizado às 12h35. A GOL reforça que todas as ações relacionadas a este voo foram tomadas com foco na Segurança, valor número 1 da Companhia".

Caso se confirme a pane, uma das explicações poderia estar no tipo de aproximação técnica que é feita no Santos Dumont, conhecido como RNP-AR, que prevê a utilização do autothrottle.

O Required Navigation Performance (RNP) permite que o sistema de navegação de uma aeronave monitore o desempenho de navegação alcançado e informe a tripulação se o requisito não for atendido durante uma operação.

Esta capacidade de monitoramento e alerta a bordo aumenta a consciência situacional do piloto. A quantidade de espaço necessário sobre obstáculos é a mesma, mas a área avaliada para obstáculos é reduzida. Certas operações da RNP exigem recursos avançados da função de navegação a bordo, treinamento aprovado e procedimentos de tripulação.

Dados de altitude e velocidade do voo da Gol
Dados de altitude e velocidade do voo da Gol

A inoperância do autothrottle faz a Gol inviabilizar o pouso com uso do RNP-AR em Santos Dumont. Já em Congonhas, utiliza-se o sistema conhecido como ILS (Instrument Landing System) convencional. 

Ou seja, não haveria restrição de pouso sem o autothrottle.

Para alguns pode parecer preciosismo. Mas a aviação trabalha sempre com elevados padrões de segurança.

A possíveis passageiros leigos que lamentam eventuais atrasos e outros transtornos durante uma viagem, a conformação pode ser obtida levando-se em conta que muitas vezes, a opção, embora possa não parecer ideal, foi a mais segura.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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