Não se passou nem um mês e outro assalto foi cometido contra uma equipe de tripulantes.
Coincidentemente, da mesma companhia.
O roubo sofrido pela equipe da Gol Linhas Aéreas na madrugada desta sexta-feira (13) não foi uma exceção.
Pelo contrário: os ataques em portas de hoteis e no trajeto até o aeroporto já são frequentes, como o Blog informou no último 20 de abril.
O crime de hoje ocorreu por volta de 3h10 da madrugada. O voo G3-2027 deveria decolar da capital baiana às 04h20 mas, por conta da ocorrência, só partiu 5 horas depois rumo ao Rio de Janeiro, onde as vítimas residem.
"Os casos são recorrentes, precisamos urgentemente de medidas que reforcem nossa proteção durante os deslocamentos", diz um comissário ouvido pelo Blog.
Há exatos 23 dias o roteiro da violência foi em outra capital nordestina.
Duas vans que transportavam tripulantes a caminho do aeroporto Internacional Pinto Martins foram atingidas por pedras arremessadas por criminosos.
O carro da frente, mesmo atingido, escapou. O que vinha atrás não teve a mesma sorte.
"Ele [um dos assaltantes] tacou uma pedra, mas como a van tem vidro fumê [a película do vidro] segurou", explica o tripulante que estava no veículo da frente e escapou do assalto. O tripulante explicou que o motorista tentou alertar a segunda van, mão nao teve sucesso. "A nossa van conseguiu sair, mas o pessoal de trás foi assaltado mesmo."
Aparelhos eletrônicos e outros bens foram levados.
Por carregarem equipamentos visados, como tablets e celulares, os tripulantes são alvo de bandidos, como explicou um comissário:
"Eles ficam de olho em hotel que tem tripulante e sabem os horários de saída, sabem que tem tablet, celular, bens de valor."
Na ocasião, a Gol explicou em nota ao Blog que estava tomando providências "para tentar minimizar os riscos de que novos eventos como este ocorram".
Equipes de outras companhias também são vítimas desse tipo de golpe.
No domingo de Páscoa (17), um comandante da Latam foi assaltado na porta do hotel em que estava hospedado em Macapá (AP). Dois assaltantes, armados, levaram todos os pertences do profissional.
Os profissionais reclamam da vulnerabilidade.
"Muitas vezes saímos do hotel ainda no escuro, na recepção tem apenas um funcionário na madrugada, no máximo dois, e a gente fica assim, desprotegidos", constata uma comissária que já ouviu outros casos de assalto e tentativas de ataques a tripulantes.