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Luiz Fara Monteiro

BNDES aprova R$ 200 milhões para empresa desenvolver ‘carro voador’

Subsidiária da Embraer vai trabalhar na fase de integração do motor elétrico e testes do protótipo de certificação do eVTOL

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O BNDES aprovou R$ 200 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, desenvolver seu 'carro voador' eVTOL.
  • O financiamento será usado para a integração dos motores elétricos e para testes de certificação da aeronave.
  • A Eve já recebeu R$ 1,2 bilhão em crédito do BNDES desde 2022 para diversas fases do projeto.
  • O eVTOL terá capacidade para quatro passageiros e promete menor emissão de poluentes em comparação a helicópteros e carros convencionais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Recursos do banco apoiarão a fase de integração do sistema de propulsão elétrica e testes do protótipo de certificação Divulgação Eve Air Mobility

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 200 milhões para apoiar a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de soluções para o mercado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM), na fase de integração e funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação da empresa.

Com recursos do Fundo Clima (R$ 160 milhões) e da linha Finem (R$ 40 milhões), a Eve deverá também preparar o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado de tipo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).


O apoio foi anunciado nesta terça-feira (09), em São Paulo. A Eve comemorou, com o tradicional toque de campainha na B3, a listagem na bolsa do Brasil, que ocorreu em agosto desse ano.

A listagem da Eve no país, que já estava na bolsa de valores de Nova York (NYSE) desde 2022, faz parte da estratégia de diversificação da base acionária da empresa, ampliando o acesso a investidores de diferentes mercados e fortalecendo a estrutura de capital necessária para o programa.


“Quando olhamos o filme do eVTOL voando sobre São Paulo, é impossível como brasileiro não parar e pensar: nós no Brasil estamos construindo uma coisa revolucionária. O país consegue competir de igual para igual em alta tecnologia nesse campo. A Embraer é um orgulho, é mais que uma empresa de aviação, é o símbolo de um Brasil que dá certo. E o BNDES tem orgulho de participar da Embraer, é o segundo maior acionista”, disse durante a cerimônia na B3 o diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES, Alexandre Abreu, que comemorou ainda o retorno do BNDES ao mercado de capitais, após dez anos sem esse tipo de investimento.

O eVTOL da Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, alcance de 100 km e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão. Contará com oito motores elétricos elevadores (lifters) nas asas, aumentando seu nível de segurança e controlabilidade para o voo na vertical, e um motor na parte traseira para a navegação horizontal.


“A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais. O BNDES tem todo o interesse em apoiar um projeto que já tem 2,8 mil pedidos de encomenda de clientes em nove países. Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável. Agradecemos ao BNDES pela confiança e pelo apoio contínuo à nossa visão de transformar a mobilidade urbana com soluções eficientes e sustentáveis, desenvolvidas e industrializadas no Brasil”, diz o CFO da Eve, Eduardo Couto.


Apoio de R$ 1,2 bilhão

Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL, incluindo a construção da fábrica em Taubaté (SP).

Em agosto deste ano, o Banco anunciou R$ 405,3 milhões em investimento direto na Eve, na estratégia de retomada da atuação da BNDESPAR em renda variável.

Fundo Clima

Criado em 2009, o Fundo Clima está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis.

Ele é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil com a finalidade apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos, aquisições de máquinas e equipamentos e inovações tecnológicas que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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