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Luiz Fara Monteiro

Brasil é destaque no transporte de carga aérea na América Latina e Caribe, diz a ALTA

A carga internacional na região representou aproximadamente 85% do total movimentado no mês, com um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior

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O tráfego de carga aérea de e para a América Latina e o Caribe, medido em toneladas métricas transportadas, aumentou 2,2% em julho de 2025 em comparação com julho de 2024. A carga internacional representou aproximadamente 85% do total movimentado no mês, com o Brasil como o maior mercado, ao transportar cerca de 75 mil toneladas, um crescimento interanual de 0,8%. No entanto, o ritmo de crescimento regional desacelerou 0,4 ponto percentual em relação a junho de 2025. A informação é da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA).Comportamento estável nos três maiores mercados. O Brasil, principal mercado de carga aérea da região, registrou aumento interanual de 0,8% em julho. O fluxo de mercadorias com a Europa, que representa aproximadamente 35% do volume total da carga aérea internacional no Brasil, cresceu 0,6% interanual no mesmo mês, sendo a Espanha o país europeu com maior expansão percentual (+26%), impulsionada pelas importações para o Brasil, que aumentaram 47% em relação ao ano anterior. Entre os produtos com maior dinamismo nessas importações aéreas da Espanha destacaram-se as manufaturas de ferro e aço (+679%), os produtos químicos orgânicos (+175%), os plásticos (+414%) e os produtos farmacêuticos (+93%).A Colômbia apresentou comportamento estável, com crescimento interanual de 0,5% em julho. O corredor bidirecional com os Estados Unidos, o de maior volume na região, caiu 2,3% interanual: as exportações aéreas da Colômbia para os EUA diminuíram 9,1% interanual, enquanto as importações dos EUA cresceram 15,1%. Entre os produtos com maiores quedas em volume nas exportações aéreas colombianas para os Estados Unidos destacaram-se as flores frescas para buquês e ornamentos (–24% interanual) e a tilápia fresca ou refrigerada (–53% interanual).O México, o terceiro mercado de carga mais importante da LAC, movimentou 56,7 mil toneladas em julho, o que representou um aumento interanual de 1,2%. O comércio aéreo com os Estados Unidos cresceu 8,3% interanual, com maior dinamismo no fluxo EUA–México (+12,2%) em comparação com México–EUA (+3,4%).Maior crescimento em mercados secundários O Panamá e a Argentina, que juntos representam cerca de 10% do volume total de carga da região, registraram os maiores incrementos interanuais em julho. O Panamá movimentou 20,6 mil toneladas, com crescimento interanual de 21%, impulsionado pelo aumento do fluxo de mercadorias para os Estados Unidos (+16,1% interanual). A Argentina apresentou alta de 18,2% interanual na carga internacional, com maior dinamismo nas importações (+27% interanual) do que nas exportações (+19% interanual).“Os resultados de julho mostram que a carga aérea na América Latina e no Caribe mantém crescimento, embora em um ritmo menor que nos meses anteriores. A incerteza tarifária continuará sendo um fator-chave nos próximos meses, e é fundamental que a região conte com condições estáveis que permitam às companhias aéreas capitalizar plenamente a demanda global”, destacou Peter Cerdá, CEO da ALTA.Resultados contrastantes no Chile, Equador e PeruChile, Equador e Peru apresentaram desempenhos heterogêneos em julho de 2025.No Chile, a carga aérea internacional recuou 8,4% interanual, com o fluxo para os Estados Unidos registrando o sétimo mês consecutivo de queda (–10,5% interanual em julho).Em contraste, o Peru registrou crescimento interanual de 13%, impulsionado por maiores fluxos da Colômbia (+32%) e do Panamá (+96%).O Equador, por sua vez, manteve-se praticamente estável em relação a julho de 2024, com incremento marginal de 0,03% interanual.Costa Rica lidera o crescimento na América CentralNa América Central, a Costa Rica — o segundo maior mercado depois do Panamá — registrou aumento interanual de 27,4% em julho, ao movimentar um total de 9.847 toneladas. El Salvador, por sua vez, transportou 3.499 toneladas, o que representou um crescimento interanual de 8,3%.Capacidade: B747F concentra 37% da capacidade cargueira; B767 lidera o crescimento interanualEm julho, a capacidade operada em aeronaves cargueiras de e para a ALC avançou levemente em comparação com junho, totalizando pouco mais de 887 milhões de toneladas-quilômetro (+0,3% interanual). Do total, 37,1% foi operado em B747F, enquanto o B767F registrou o maior aumento interanual (+64,3%).

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