O CEO da Boeing Dave Calhoun deixará o cargo até o final do ano, em uma ampla mudança de gestão provocada pela ampla crise de segurança da fabricante de aviões decorrente de uma explosão no painel aéreo de um 737 MAX em janeiro, informa reportagem da Reuters. A fabricante de aviões também disse que Stan Deal, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, se aposentará e Stephanie Pope o substituirá. Calhoun está sob pressão desde o incidente de 5 de janeiro, quando um plugue de porta de um modelo 737 MAX 9 se soltou em pleno voo da Alaska Airlines a cerca de 16.000 pés acima do solo. A empresa enfrenta um forte escrutínio regulatório e as autoridades dos Estados Unidos restringiram a produção enquanto tenta resolver problemas de segurança e qualidade. Na semana passada, um grupo de CEOs de companhias aéreas dos EUA buscou reuniões com diretores da Boeing para expressar preocupação com o acidente do 737 MAX 9 da Alaska Airlines, dizendo que era um sinal incomum de frustração com os problemas do fabricante e de Calhoun. A crise da empresa frustrou as companhias aéreas que já lutavam com atrasos nas entregas tanto da Boeing quanto de sua rival Airbus. A principal rival da empresa, a Airbus, conquistou recentemente encomendas de 65 jatos de dois dos principais clientes asiáticos da Boeing, no que alguns consideraram um sinal das preocupações dos executivos com a fabricante americana. Calhoun tornou-se presidente e executivo-chefe da Boeing em janeiro de 2020. Ele atuou como membro do conselho de administração desde 2009 e como presidente do conselho de outubro a dezembro de 2019. Em seu website, a Boeing destaca que Calhoun possui ampla experiência em uma gama de questões estratégicas, comerciais, de segurança e regulatórias em vários setores, como resultado de sua experiência executiva, gerencial e operacional.