Diretor-geral da OMS estava no Aeroporto Internacional do Iêmen quando terminal foi bombardeado por Israel
Tedros Adhanom foi ao país negociar a libertação de equipe das Nações Unidas e se preparava para decolar no momento do ataque
Os ataques aéreos promovidos pelo governo israelense ao Iêmen na noite desta quinta-feira quase vitimaram Tedros Adhanom, Diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde). A revelação partiu da organização e foi confirmada por Adhanom, que estava no aeroporto de Sanaa nesta quinta-feira (26), no Iêmen, quando foi atingido por ataques aéreos israelenses.
“Quando estávamos prestes a embarcar em nosso voo de Sana’a, cerca de duas horas atrás, o aeroporto foi bombardeado. Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus no X. “Pelo menos duas pessoas foram mortas no aeroporto.”
“A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque — a poucos metros de onde estávamos — e a pista foram danificadas”, disse ele, acrescentando que a missão precisa esperar que os danos ao aeroporto sejam reparados antes de poderem partir.
Tedros, que segue no país, disse que ele e seus colegas estão seguros e enviaram “sinceras condolências” aos parentes daqueles que perderam suas vidas no ataque.
O chefe da OMS e seus colegas estavam no Iêmen para negociar a libertação de funcionários da ONU detidos e avaliar a situação sanitária e humanitária do país, que foi concluída na quinta-feira.
“Continuamos a pedir a libertação imediata dos detidos”, acrescentou.
Aviões de guerra israelenses lançaram uma nova onda de ataques aéreos no Iêmen na noite desta quinta-feira em meio às crescentes tensões regionais sobre a guerra genocida de Israel em Gaza, informou a mídia israelense.
Os ataques tiveram como alvo vários locais estratégicos no Iêmen, incluindo o aeroporto de Sanaa e o porto de Al-Hudaydah, no oeste do Iêmen.
Os Houthis têm atacado navios de carga israelenses ou aqueles associados a Tel Aviv no Mar Vermelho com mísseis e drones em uma demonstração de apoio à Faixa de Gaza, onde mais de 45.000 pessoas foram mortas na guerra de Israel desde 7 de outubro de 2023.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.