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Luiz Fara Monteiro

Em expansão na China e nos EUA, Airbus evita envolvimento na guerra comercial entre as duas potências

Fabricante de aviões e outras empresas europeias evitam ‘ofender’ qualquer uma das potências comerciais

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Linha de produção da Airbus: interesses nos EUA e China Divulgação Airbus

Com bilionários interesses comerciais estabelecidos em território dos dois maiores adversários comerciais do planeta, a maior fabricante de aeronaves do mundo, com origem na Europa, caminha em uma linha tênue e evita melindrar qualquer uma das partes. É assim que a Airbus se vê em meio à guerra travada entre China e Estados Unidos.

A fabricante deve inaugurar uma segunda linha de montagem nos EUA em 13 de outubro, seguida pela expansão de uma instalação semelhante na China alguns dias depois, em cerimônias consecutivas projetadas para evitar cair em um clima comercial complicado, disseram fontes da Airbus.


A fabricante de aviões também está negociando a venda de até 500 aeronaves para a China, mas provavelmente garantirá apenas parte do pedido planejado imediatamente para coincidir com a expansão da fábrica, revelaram as mesmas fontes à Reuters.

A Airbus não quis comentar sobre produção ou pedidos pendentes. A empresa, que é também a maior fabricante de aviões do mundo, está aumentando a capacidade de produção enquanto busca um aumento acentuado em sua família A320neo, a mais vendida, para 75 jatos por mês em 2027. Os planos incluem dobrar a capacidade nas unidades de Mobile, Alabama, e Tianjin, China.


Desde que os planos internacionais foram anunciados em 2022 e 2023, Washington e Pequim mergulharam em uma guerra comercial de meses, deixando a Airbus e algumas outras empresas europeias ansiosas para evitar ofender qualquer uma das potências comerciais.

“Há muita sensibilidade sobre como isso é percebido”, disse uma das fontes.


O Departamento de Comércio do Alabama disse no mês passado que a nova linha Mobile seria inaugurada em outubro, 10 anos após a Airbus abrir sua primeira fábrica nos EUA, prometendo torná-la mais competitiva do que a França e a Alemanha.

Até agora, a Airbus disse que a segunda linha chinesa seria aberta no final do ano, com entregas começando em 2026. A cerimônia acontecerá na semana seguinte à inauguração em Mobile, destacando os esforços para alcançar uma abordagem equilibrada em relação aos dois maiores mercados de jatos, disseram as fontes.


A Bloomberg informou em agosto que as companhias aéreas chinesas começaram a dividir um pedido de 500 aviões da Airbus, enquanto a Boeing aguarda uma ordem semelhante da China coincidindo com as negociações comerciais.

Como parte do quebra-cabeça aeroespacial global, a Airbus também está cortejando a Índia, onde seus executivos estão em visita esta semana.

A Índia solicitou uma linha de montagem para atender aos enormes pedidos de jatos Airbus das companhias aéreas do país, equiparando-se ao investimento da fabricante de aviões em fábricas comerciais na China, sua rival estratégica e econômica.

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