Em meio à polêmica sobre ajuda argentina, FAB anuncia ações na Bahia
Força Aérea Brasileira tem divulgado diariamente esforços para minimizar efeitos das enchentes. C-130 Hércules transportou hoje água potável do Amazonas para a Bahia
Luiz Fara Monteiro|Do R7
Ao mesmo tempo em que ocorre a polêmica sobre a recusa do governo brasileiro por ajuda argentina, a Força Aérea Brasileira dá seguimento às ações de auxílio às vítimas das enchentes que atingiram cidades do Sul da Bahia.
Em comunicado nesta sexta-feira a imprensa, a FAB informou que em pronta-resposta, desde o início da situação de calamidade, a corporação integra a cooperação mútua do Governo Federal na ajuda humanitária em apoio às cidades castigadas pelas chuvas no sul da Bahia.
Na manha desta sexta-feira(31/12), um C-130 Hércules da FAB transportou mais de 4800 litros de água de Manaus (AM) para Ilhéus (BA).
Sob a coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB, desde 11/12, já transportou mais de 130 pessoas e 70 toneladas de donativos equipamentos e insumos para atender às populações mais atingidas pelas enchentes.
O Comando da Aeronáutica mantém um esforço contínuo e permanente de seu efetivo e de suas aeronaves em atendimento às necessidades da população das áreas afetadas, neste momento de necessidade.
O presidente Jair Bolsonaro recusou a ajuda oferecida pelo governo argentino, que enviaria profissionais especializados em saneamento, logística e apoio psicossocial para atender as vítimas das enchentes. Bolsonaro disse que a recusa aconteceu porque as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, prestam assistência similar à oferecida e, por esse motivo, a oferta do país vizinho "não seria necessária no momento", embora possa ser acionada caso a situação se agrave.
O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que aceitará ajuda internacional mesmo sem intermédio do Itamaraty.
“A Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento”, afirmou Costa.
Bolsonaro fez uma postagem e afirmou que a oferta dos argentinos foi “fraterna”, mas que as Forças Armadas e a Defesa Civil já fazem o trabalho ofertado pelos "Capacetes Brancos".
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