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Luiz Fara Monteiro

Empresário que ameaçou estuprar comissária em voo é condenado a 15 meses de prisão

De origem paquistanesa, homem que viajava na primeira classe tinha sinais de embriagues e ameaçou explodir hotel da tripulante

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Empresário que viajava na primeira classe fez ameaças à tripulação Divulgação Airbus / Virgin Atlantic

O empresário que durante um voo ameaçou uma comissária, dizendo que ela seria arrancada de seu quarto de hotel, estuprada em grupo e incendiada antes de ter seu hotel explodido, foi condenado a 15 meses de prisão, no julgamento concluído nesta terça-feira (5), no Reino Unido. Segundo o Times of India, o homem tinha condenações anteriores por vários crimes, incluindo agressão, em 2004 e por dirigir embriagado em 2004.

De origem paquistanesa, Salman Iftikhar aparentava sinais de embriagues na primeira classe de um voo da Virgin Atlantic que saiu de Londres Heathrow para Lahore, no Paquistão, em 7 de fevereiro de 2023. A confusão foi filmada por outros passageiros.


A confusão teve início durante o serviço de refeições no voo de oito horas, quando o empresário acusou a comissária de ter se referido a ele com termos depreciativos na frente de outras pessoas. Iftikhar, de 37 anos, bebia champanhe no bar de bordo quando ele se esticou sobre o balcão e pegou gelo com as mãos. A tripulação o confrontou, pedindo que ele retornasse ao seu assento.

“Não me diga o que fazer, sua racista de m... Eu sei onde você mora”, gritou Iftikhar durante o voo.


A cabine de comando foi alertada sobre a situação e acionou o sinal de cinto de segurança para acalmar Iftikhar. A equipe da companhia aérea relatou que Iftikhar falava arrastado, tornando-se agressivo e se gabando de sua identidade. A esposa tentou intervir conversando com os comissários de bordo no balcão, mas Iftikhar a empurrou, dizendo-lhe para não falar com eles.

Iftikhar então confrontou fisicamente um outro comissário, agarrou-o e ordenando que se calasse. A situação piorou quando Iftikhar ameaçou a tripulação, revelando o nome do hotel onde a tripulação se hospedava, o Avari Lahore Hotel.


Ele agarrou uma das comissárias de bordo, chamando-a de “galesa branca”, antes de ameaçar estuprá-la.

“A ovelha branca, sua vadia, vai morrer. O chão do seu hotel vai explodir e vai desaparecer. Você será arrastada pelos cabelos para fora do seu quarto, estuprada em grupo e incendiada”, gritou ele.


Apesar das ofensas e ameaças, Iftikhar foi autorizado a desembarcar do avião após o pouso no Paquistão sem ser preso. Ele foi detido em sua casa de US$ 1,2 milhão na Inglaterra em 16 de março de 2024, mais de um ano após o incidente. Iftikhar admitiu ter feito ameaças de morte e assédio racial contra a comissária de bordo.

A comissária ameaçada ficou traumatizada e precisou ficar 14 meses afastado do trabalho para se recuperar.

“Sou uma comissária de bordo forte, corajosa e feliz, e amava meu trabalho. Sou muito conhecida na empresa. Voo pela Virgin Atlantic há 37 anos. Eu estava trabalhando quando todos os voos foram cancelados em 11 de setembro, e já voei para uma zona de guerra. Mas este incidente me destruiu. Nunca, em toda a minha carreira de 37 anos de voo, tive certeza do que fazer. Tive a melhor carreira do mundo por 37 anos. Mas ele tirou isso de mim”, disse a tripulante. A defesa do empresário atribuiu a explosão de violência a uma suposta condição médica.

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