Erro de piloto faz Ucrânia perder jato F-16 recém-incorporado à frota
Aeronave fabricada nos Estados Unidos fazia parte de estratégia do país aliado para reforçar operações contra a Rússia
Um caça ucraniano F-16 foi destruído em um acidente na segunda-feira, de acordo com uma autoridade americana, poucas semanas após a primeira aeronave de fabricação americana chegar à Ucrânia.
Os relatórios iniciais indicam que o jato não foi abatido por fogo inimigo, embora o incidente tenha ocorrido durante um grande bombardeio de mísseis russos pelo país na segunda-feira, disse a fonte ao The Wall Street Journal. O acidente provavelmente foi resultado de erro do piloto.
O jato teria sido acionado em resposta a um substancial ataque de mísseis russos. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou oficialmente a implantação dos jatos à frota, estendendo sua gratidão aos aliados ocidentais pelo fornecimento dos caças. No entanto, ele ressaltou que o número de aviões continua insuficiente. Zelensky não mencionou a perda de um F-16 em seus comentários.
A Ucrânia recebeu seu lote inicial de F-16s no início de agosto, após a formação de uma coalizão aliada comprometida em fornecer treinamento e aeronaves um ano antes.
A Ucrânia está pronta para reforçar sua defesa aérea significativamente com pelo menos 79 caças F-16 prometidos pela Holanda, Dinamarca, Noruega e Bélgica. Até o momento, cerca de dez dessas aeronaves chegaram. Espera-se que esses F-16s melhorem notavelmente as capacidades defensivas da Ucrânia. O comandante-em-chefe Oleksandr Syrskyi mencionou em 4 de agosto que a chegada desses jatos levaria a “mais mísseis russos abatidos”.
Esses jatos de combate avançados podem ser encarregados de interceptar mísseis de cruzeiro russos e fornecer suporte aéreo crucial para operações terrestres. Graças ao seu radar e munições de última geração, os F-16s podem atingir alvos a distâncias maiores, protegendo a infraestrutura ucraniana e as forças da linha de frente.
Os F-16s têm a versatilidade para serem usados em várias funções, como combate ar-ar e ataques ar-solo. Essa flexibilidade os torna adequados para dar suporte a campanhas de interdição, potencialmente visando a logística russa e até mesmo a Frota do Mar Negro. Sua implantação também oferece à OTAN uma oportunidade valiosa para avaliar a eficácia de aeronaves ocidentais e abordagens táticas contra equipamentos militares russos.
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