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Luiz Fara Monteiro

Hidroavião colide com bangalô em ilha paradisíaca

Relatório afirma que faltou sustentação suficiente para a decolagem. 15 passageiros estavam a bordo e não houve relato sobre feridos

Luiz Fara Monteiro|Do R7

de Havilland: aeronave colide com bangalô
de Havilland: aeronave colide com bangalô

Finolhas - também chamada de Finolhu - é uma ilha praticamente inabitada cercada pelas águas cristalinas do Índico, localizada na região de Baa, a 136 quilômetros das Maldivas.

Paradisíaca, Finolhas foi ocupada por resorts que recebem turistas endinheirados de vários partes do mundo.

No último 13 de novembro, um grupo desses turistas passou por um susto quando deixava a ilha.

Nesta sexta-feira (10), o AICC das Maldivas (Comitê de Coordenação de Investigação de Acidentes) divulgou seu relatório preliminar resumindo a sequência de eventos.


O hidroavião realizava o voo de Finolhu para Malé, nas Maldivas, com 15 passageiros e 3 tripulantes.

Pertencente à companhia Trans Maldivian Airways, o modelo de Havilland DHC-6-300 Twin Otter, o hidroavião de matrícula registro 8Q-MBC, tentava uma decolagem de rotina na água quando a tripulação decidiu por rejeitar a decolagem por falta de elevação insuficiente para a manobra.


A tripulação tentou reverter a força dos motores para parar a aeronave. Sem sucesso, partiram para o desligamento dos motores com o objetivo de parar o hidroavião.

De nada adiantou.


A aeronave continuou avançando devido à sua inércia e colidiu com bangalôs.

Veja no gráfico abaixo a possível trajetória percorrida pelo hidroavião.

O choque causou danos tanto os bangalôs quanto no avião, que foi recuperado para atracação em Finolhas. Não há relatos de feridos, segundo o Aviation Herald.

A aeronave foi vista na atracação em Finolhas na noite do dia 16, 3 dias após o acidente, tendo sofrido um amassado e penetração no bordo de ataque da asa direita, bem como a hélice direita sendo removida e o motor direito apoiado por uma grua.

Segundo testemunhas em solo na ilha, a aeronave colidiu com um bangalô de água durante a decolagem e danificou a asa direita.

Uma outra testemunha relatou que a aeronave passou por testes de motor e hélice em 17 de novembro de 2021, após uma troca de motor, os dois rasgos na asa direita foram remendados, a aeronave posteriormente partiu de Finolhas.

A seguir, o relatório do Comitê de Coordenação de Investigação de Acidentes:

A inspeção diária da aeronave foi realizada em 12 de novembro de 2021, e não houve registro de quaisquer defeitos adiados em aberto listados no Diário Técnico da Aeronave (ATL).

O voo incidente foi operado pelo PIC, que se sentou no lugar certo, visto que se destinava a um voo de treino do outro tripulante. De acordo com a tripulação de voo, nenhuma anormalidade foi observada em nenhum dos voos anteriores e neste voo até que a aeronave deixou de produzir sustentação suficiente para a decolagem e, posteriormente, a decolagem foi abortada. Como a tripulação não conseguiu mover as alavancas de potência para a posição reversa, a tripulação decidiu desligar os dois motores.

A aeronave avançou com ímpeto mesmo depois que os motores foram desligados e colidiram com bangalôs de água. Com a colisão, tanto a aeronave quanto os bangalôs sofreram danos. A hélice RH, a ponta da asa RH e a asa LH foram danificadas.

A aeronave foi rebocada de volta à plataforma por um bote.

O comandante, com 14.706 horas de voo, estava sentado no assento à direita dando treinamento ao primeiro oficial, que tinha 4.851 horas de voo e estava no assento à esquerda.

O comandante pilotava o avião de fato (pilot flying)

O AICC declarou: "Um relatório de massa e equilíbrio produzido pela tripulação de voo antes da partida estava disponível no tablet. Tanto para a decolagem quanto para a aterrissagem, o CG permanece dentro dos limites."

Trajetória aproximada da aeronave
Trajetória aproximada da aeronave

O AICC declarou às condições meteorológicas:

Não havia dados meteorológicos registrados disponíveis no aeródromo de Finolhu, e o mais próximo foi os dados registrados disponíveis na estação meteorológica automática de Dharavandhoo, que fica aproximadamente 25 km a nordeste do aeródromo de Finolhas. Às 17:10 h do dia 13 de novembro, os dados meteorológicos eram de ventos médios a 24,5 mph (rajadas de 30,6 mph) na direção WSW.

Um alerta meteorológico sobre o Atol de Baa esteve ativo de 1700 a 1800 horas em 13 de novembro de 2021. Um alerta amarelo foi emitido às 15:40 horas em 13 de novembro de 2021 sugerindo ventos fortes de 25-30 mph e rajadas de 40 mph com mar agitado esperado.

O AICC declarou em suas investigações iniciais que a aeronave ficou no ar por alguns segundos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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