Liberalização do setor aéreo deve impulsionar competitividade e inovação na América Latina e Caribe
ACI-LAC projeta crescimento de 4% no tráfego aéreo na região em 2025 e reforça que tarifas equilibradas são essenciais para manter a sustentabilidade do setor

Trinidad e Tobago, 6 de outubro de 2025 - A região da América Latina e Caribe deve encerrar 2025 com um volume de tráfego aéreo de 789 milhões de passageiros, um aumento de 4% em comparação com 2024. Os países que devem apresentar a melhor performance são Colômbia (+5,6%), México (+4,5%) e Brasil (+2,1%). Os dados preliminares projetam também que, em 2026, o tráfego aéreo na região atinja 821 milhões de passageiros. As informações foram apresentadas nesta segunda-feira, durante a Assembleia e Conferência Anual do Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC Annual Assembly Conference & Exhibition), que acontece até amanhã (7) em Trinidad e Tobago, no Caribe.
Em seu discurso de abertura, o diretor-geral de ACI-LAC, Rafael Echevarne, defendeu que a liberalização e a desregulamentação do setor aéreo são essenciais para impulsionar o crescimento sustentável e competitivo da aviação na América Latina e no Caribe. A abertura e o acesso irrestrito aos mercados têm se mostrado bem-sucedidos em todo o mundo, promovendo eficiência, conectividade e inovação, e trazendo benefícios diretos para passageiros, companhias aéreas e aeroportos.
Em um contexto de crescente demanda por eficiência e sustentabilidade na aviação, ACI-LAC reforça a importância de garantir que os aeroportos disponham dos recursos necessários para manter e desenvolver suas infraestruturas e serviços com qualidade, para assegurar a continuidade dos investimentos, a segurança operacional e a experiência dos passageiros.
“Os aeroportos têm o direito legítimo de cobrar pelas infraestruturas e serviços que oferecem. Essas tarifas são diretamente vinculadas aos custos de operação e manutenção, representando apenas uma pequena parcela dos custos totais das companhias aéreas. Além disso, trata-se de valores regulados e aprovados pelas autoridades governamentais competentes, garantindo transparência e equilíbrio na relação entre aeroportos, companhias aéreas e passageiros.”, afirmou o diretor-geral de ACI-LAC.
Conectividade aérea, resiliência climática e geração de negócios
Sob o tema “Aeroportos definindo a conectividade na América Latina e Caribe”, o primeiro dia da conferência anual de ACI-LAC ofereceu uma visão ampla sobre os rumos e desafios do setor aeroportuário, reunindo temas estratégicos e atuais.
No painel inicial da conferência, CEOs de aeroportos e autoridades regulatórias compartilharam as melhores práticas em contratos de concessão, explorando lições aprendidas e os avanços possíveis no mercado aeroportuário. Nos demais painéis realizados ao longo do dia se discutiu o cenário jurídico da certificação de aeródromos - da normatização da OACI à sua implementação prática – assim como as estratégias para construção de uma infraestrutura resiliente frente aos desafios climáticos, os caminhos para impulsionar a carga aérea como motor de oportunidades e as tendências dos serviços de assistência em terra, que equilibram eficiência operacional, experiência do passageiro e a necessária transição energética.
✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
