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Luiz Fara Monteiro

Maior aérea sul-africana e sindicato negociam em tentativa de encerrar greve

Pelo menos 30% dos voos da FlySafair foram canceladas desde o início da paralisação

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Passageiros enfrentam cancelamentos de voos com greve na FlySafair, na África do Sul Luiz Fara Monteiro

A companhia aérea doméstica FlySafair foi forçada a cancelar pelo menos 26 voos após receber avisos de última hora sobre a não apresentação de pilotos em suas respectivas escalas, deixando dezenas de passageiros no limbo. A companhia responde por 60% da capacidade de assentos domésticos da África do Sul e transporta uma média de 30 mil passageiros em 174 voos diários. Dos 300 pilotos da aérea, 210 são sindicalizados. A companhia se tornou a maior do país depois que a South African Airways enfrentou uma crise sem precedentes durante a pandemia e se viu obrigada a reduzir significativamente sua grandeza. Além das duas empresas, o país conta ainda com a Airlink e a CemAir para operações aéreas.

Estima-se que 30% da malha normal da FlySafair foram cortados após a paralisação, de acordo com o portal News24. Os clientes afetados foram contatados diretamente por meio dos dados fornecidos no momento da reserva.


“Caso haja mais interrupções, os clientes serão notificados imediatamente”, disse a companhia aérea em um comunicado.

De acordo com o sindicato dos aviadores, chamado Solidarity, quase dois terços dos pilotos estão insatisfeitos com as negociações salariais e as condições de trabalho. Cerca de 84% dos pilotos sindicalizados rejeitaram a proposta atual da FlySafair, refletindo a profunda decepção e frustração dos pilotos.


“Os pilotos se sentem exaustos, ignorados e desvalorizados. Segundo Helgard Cronjé, secretário-geral adjunto do Solidarity, há um crescente sentimento de abandono e esgotamento entre os membros, além de uma relação deteriorada entre a tripulação e a gerência”, afirmou a Solidarity.

A FlySafair afirma que seus pilotos estão entre os profissionais mais bem remunerados da África do Sul, com comandantes ganhando entre 1,8 e 2,3 milhões de rands anualmente, ou, seja, um valor médio em torno de 660 mil reais anuais.


A demanda do sindicato é por um aumento de 10,5% nos salários-base, além de bônus e pagamentos adicionais por voo.

A FlySafair disse que, embora essa demanda já seja percebida como alta, é importante observar que, ao considerar as demandas adicionais, o impacto total equivale a um aumento de mais de 20% no custo geral da companhia — uma escalada insustentável para qualquer empresa.


Em termos de carga de trabalho, os comandantes da FlySafair passaram uma média de 63 horas na cabine de comando no mês passado, transportando passageiros. Isso está dentro dos limites regulatórios estabelecidos pela Autoridade de Aviação Civil, IATA e ICAO, que limitam o serviço de voo a 100 horas por mês", acrescentou a companhia aérea.

A FlySafair acrescentou que está trabalhando para resolver os problemas.

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